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Cotidiano

Moradores bloqueiam obras da Via Rápida

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Quando as obras da Via Rápida iniciaram e alguns proprietários de terrenos souberam que teriam que ser desapropriados, surgiu a preocupação quanto às indenizações. Em Içara, diversos moradores se queixam que até hoje não receberam se quer um centavo prometido pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Como é o caso do agricultor Ildo Darolt, que reside na Segunda Linha. Boa parte dos seus 8,5 hectares de terra já foram utilizados, mas até o momento ele não foi ressarcido.

Em forma de manifesto, alguns moradores criaram barreiras para que as obras não ocorram próximos aos terrenos. “Eu fechei. Coloquei pedra e troncos de eucalipto. E não vou permitir que eles avancem mais nenhum metro até me pagarem. E aqui nas redondezas todos os moradores também estão se queixando. A maioria também não recebeu a indenização”, ressalta.

“O pior de tudo é que a dificuldade para falar com alguém do Deinfra é enorme. Nunca conseguimos contato e eles não nos dão retorno algum. Então não sei se vamos fazer outro manifesto ou não, porque eles não parecem nenhum pouco preocupados”, complementa o morador. “Já fazem mais de 60 dias que tivemos o último encontro com os representantes do Deinfra. Na época, eles deram um prazo de 15 dias para o pagamento das indenizações. Vamos esperar mais essa semana. Caso contrário, levaremos o assunto mais uma vez para pauta no Legislativo”, coloca o vereador André Mazzuchello Jucoski (PSDB).

O maior problema, é que além da falta de pagamento da indenização, o agricultor está tendo prejuízos porque não consegue realizar o seu trabalho. “Eu planto fumo, feijão, arroz. Mas tive que arrendar outras terras para isso. Ou seja, estou tendo um gasto que antes não tinha. E eles simplesmente não dão um retorno, como se a gente não tivesse família para sustentar”, ressalta o morador.

“Já estou com valores para pagamento. Ao todo, serão chamados 22 moradores nas próximas semanas. Nós estamos dependendo apenas do cartório de Içara que está apresentando demora nos trabalhos. Acredito que antes de 15 dias a situação não esteja resolvida, mas depois disso, essas pessoas já começarão a ser chamadas. O que posso afirmar é que elas podem ficar tranquilas que esse dinheiro está assegurado”, calcula o engenheiro do Deinfra de Criciúma, Clóvis Bozzano.

O Deinfra enviou à Superintendência Regional Sul o valor de R$ 3 milhões, subdivididos em 22 cheques. Destes, segundo Bozzano, cerca de R$ 700 mil devem ser para os moradores de Içara. O valor, contudo, não finaliza todas as indenizações que ainda precisam ser pagas pelo Departamento de Infraestrutura Estadual. “Ainda irão faltar moradores para receber. Mas não posso especificar quantos, qual valor total e, tampouco, quando irá sair. O Governo não libera recurso com facilidade. Tudo depende de uma série de fatores”, completa.