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Cotidiano

Mulheres da Ampi viram pétalas da vida

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Júlia Novak Dagostin não sentia dor até descobrir um nódulo no seio esquerdo. A revelação ocorreu numa mamografia em 2014. Na época com 63 anos, o chão caiu. O medo de deixar os filhos Antônio e Frederico, além do marido Valdir, tomou conta dos pensamentos por dois dias. Foram momentos de terror interno. O luto antecipado passou somente depois da primeira consulta médica. Ainda no mesmo ano a moradora do bairro Cristo Rei retirou o seio esquerdo. Desde então segue em tratamento, mas relutante a fotografias.

Uma exceção aos cliques foi feita para a Associação Amigas do Peito de Içara. E se redescobriu exposta como verso e foto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina nesta terça-feira, dia 2. "Eu não enxergava mais a minha beleza. Fiquei animada com o resultado", coloca. Contudo, a primeira viagem a Florianópolis ocorreu com dificuldade. "Ela não gosta de viajar. Foi o percurso mais longo que já fez", testemunha a nora Helena Beatriz Pacheco Darós. A curiosidade e o apoio da família foram fundamentais. A companhia das amigas também.

Júlia é uma da 12 protagonista da exposição Pétalas da Vida composta ainda por Ana Maria Felizardo, Claudete Dimas Ronsoni, Eliane Ferreira Paulino Prudêncio, Francisca Vianna Vieira, Iede Cardoso dos Santos, Janice Raycik Viana, Jucélia Cipriano do Canto da Silveira, Lenir Pacheco Galindro, Marisete Teixeira, Nádia Durante e Rita de Cássia Savi. "Sou grata pela experiência", afirma uma das autoras da exposição, a fotógrafa içarense Maristela Giassi.

O desejo de fazer o trabalho foi despertado em Maristela ao fotografar uma pessoa com câncer. Quarenta dias depois surgiu o convite da Ampi. Para ser possível atender 12 mulheres num curto espaço de tempo, a proposta contou com a contribuição da psicóloga Eliane Maria Lima e a assistente social Cândida Cardoso. Todas conterrâneas. "Deixei Içara aos 15 anos e através deste projeto pude rever muita gente", relata Eliane. O trabalho do trio deverá ser exposto também em Içara. Além disso, ilustrará o próximo calendário da entidade.

"O nosso lema é: a vida continua. O câncer não é o fim. E quanto mais falarmos disso, mais pessoas entenderão isso. Estamos honradas. Este será o nosso quarto calendário, mas a primeira exposição. Esperamos que as mulheres que tiverem passado pela experiência do câncer de mama se juntem a nós. Aquelas que precisarem de ajuda também", resume a presidente da Ampi, Nádia Durante. "São pessoas que se destacam pela coragem e exemplo de superação", enaltece também a primeira-dama Ceneli de Freitas Gastaldon.

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