Cotidiano | 23/11/2013 | 09:52
Poeira gera desconforto no Centro
Especial do Jornal Gazeta
Compartilhar:
Estrada movimentada e comércio cheio de poeira. Esta é a situação dos comerciantes, moradores e de quem transita próximo ao Terminal Rodoviário de Içara, no Centro da cidade, entre as ruas Donato Valvassori com a Procópio Lima. A reclamação é geral e o problema vem da rodoviária, onde embora as ruas em volta sejam asfaltadas e o pátio lajotado, a área de estacionamento ainda é de areão. Além disso, outra situação são os bueiros que estão repletos de terra e não suportam a água da chuva.
Uma das pessoas que convive com a situação é a cabeleireira Rubia Fernandes. “Não damos conta de limpar o salão que vive empoeirado. Diariamente já é complicado, mas quando dá vento se torna horrível. Acredito que calçamento ou asfalto seria a única solução. É insuportável toda esta situação”, acredita a profissional.
Um comerciante que preferiu não se identificar, disse que com o vento, a areia invade seu estabelecimento comercial. “Sou obrigada a limpar todo dia, se não, não tem como aguentar”, reclama. “E, além disso, tenho o hábito de colocar a roupa na rua, se não eu não consigo vender é por causa desse pó que acaba danificando algumas peças. Já teve época que cheguei a ficar com as portas fechadas, sem atender, só por causa desse problema”, fala em tom irritado.
A compra de um ar condicionado foi uma alternativa encontrada pela comerciante Geiza Teza. “Para não estragar as roupas, principalmente as peças de cor branca foi esta a solução que achamos melhor, pois assim ficamos com as portas fechadas. Mas isso também prejudica as vendas, já que muitas pessoas quando olham de longe acham que a porta fechada porque não estamos atendendo”, conta Geiza sobre o investimento.
Já Rafael Gonçalves Rodrigues, relatou a quantidade de limpeza que realiza em no comércio diariamente. “Isso tudo é uma vergonha. Para a loja ficar limpa, ou ficamos com a casa fechada ou então limpamos quatro vezes por dia. E mesmo assim, sempre que pega um produto, dá para perceber que tem pó”, relatou. “Além do pó, também aos poucos o areão vai sendo levado para a rua e quando chove acaba indo para o bueiro, entupindo-o. E com isso quando chove acaba alagando. Um problema traz o outro”, explanou.
“Só colocam caminhão de areão. Ou seja, fazem o mesmo serviço várias vezes. Seria muito fácil calçar ou então asfaltar, fazendo o serviço apenas uma vez, e um serviço que beneficie a todos. Além disso, esta região é centro, fica feio para o município ter um centro em que a população conviva com a poeira”, colocou por vez o morador Odilon Goulart. “É difícil ser proprietário de um negócio. Quando chove aquele areão vai para as bocas de lobo e os que não vão acabam ficando na estrada, daí ficamos comendo pó, já que este é um local bem movimentado. Se eu quero uma cidade limpa, temos que mantê-la limpa. Mas para isso, precisamos também que o poder público faça sua parte”, emendou.
Além disso, Goulart afirmou que “nunca foi realizada uma mobilização porque não somos de reclamar, mas esta situação está insuportável”. Conforme o secretário de Planejamento e Controle de Içara, Israel Rabelo, existe um projeto para a melhoria da Rodoviária de Içara, incluindo o estacionamento. Segundo ele, está sendo feito um projeto de Mobilidade Urbana por meio do Governo Federal, onde está incluída a parte de requalificação de rodoviária. “Mas dependemos de uma resposta positiva do Governo Federal para que esse projeto possa ser feito. Caso contrário, teremos que ver outra solução”, informou.
.png)




.png)
.jpg)





.png)





























