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Cotidiano

Simone Cândido: Dia Mundial da Conscientização do Autismo - Parte #01

ABAA e seu papel fundamental no diagnóstico e apoio às famílias dos autistas

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O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA, um distúrbio do neuro desenvolvimento, que apresenta déficits nas áreas sociais, comportamentais e comunicativa.

Em Içara existe a Associação Beneficente de Apoio ao Autista (Abaa). A entidade foi registrada em cartório em 7 de junho de 2018 e começou os trabalhos em 2 de abril de 2019. “A associação foi fundada em 2018 com o propósito de ajudar os familiares, cuidadores e as pessoas com TEA. Visamos a qualidade de vida e funcionalidade desses autistas. Buscamos por inclusão na sociedade e garantia dos seus direitos. Assim, a ABAA (Associação Beneficente de Apoio ao Autista) funciona como uma rede de apoio. Levamos orientação, acolhimento e informações sobre os seus direitos”, ressalta a presidente e cofundadora, Sandremara Costa.

“Além do atendimento clínico especializado, instruímos e acolhemos os familiares, pois são a base para o paciente. A família bem orientada e instruída consegue dar continuidade no tratamento em casa e ir em busca dos direitos do seu filho. Trabalhamos em parceria com as escolas, pois acreditamos que, casa, escola e instituição precisam trabalhar juntas para uma maior evolução do paciente”, acrescenta.

“Fundamos a ABAA com oito famílias de autistas e hoje estamos com mais de sessenta famílias associadas, só do município de Içara. Isso mostra como aumentou o número de diagnósticos nos últimos anos e quão importante é uma entidade como a nossa para atender essa demanda. Hoje ofertamos atendimentos especializados nas áreas de neuropediatria, psicologia e psicopedagoga, estes são pagos com recursos que a entidade corre atrás. Cada família de associado contribui mensalmente com R$ 25, que são usados para despesas da instituição, em contrapartida a família recebe a orientação, suporte e o tratamento para o autista. A entidade também conta com doações da sociedade. Em Içara temos o apoio muito grande da Administração Municipal, das secretarias e da Câmara de Vereadores”, pontua.

Simone, mãe do Luiz Gustavo

“O Luiz Gustavo tem se desenvolvido graças à combinação de amor e dedicação da família e também a profissionais maravilhosos que fazem toda a diferença na evolução dele. Hoje ele tem 9 anos, frequenta a escola pública regular e tem acompanhamento de uma auxiliar de turma. É uma criança alegre, carinhosa e inteligente. Muitas são as dificuldades a serem superadas, mas para nós cada pequena conquista é uma vitória. Até os 3 anos, ele não verbalizava praticamente nenhuma palavra com significado, mas por volta dos 5 anos já começou a ler as primeiras palavras. Ele é bem agitado, seu hiperfoco está direcionado as marcas, principalmente de carros e eletrodomésticos. Apresenta ecolalia imediata e tardia, tem dificuldade de interpretação e também de raciocínio lógico matemático, mas em contrapartida tem uma memória fantástica, o que o auxilia no processo de aprendizagem. Por fim, posso dizer que o autismo vai muito além do que é retratado nas séries e filmes sobre o tema. Nem todos são gênios, nem todos são agressivos, nem todos tem QI acima da média. O autista é um ser humano único como qualquer outro, com suas especificidades e que merece nada mais que respeito. Não são eles que têm que se adaptar à sociedade, mas a sociedade deve incluir e favorecer a vivência dele em todos os espaços, porque lugar de autista é onde ele quiser estar. Certamente me tornei uma mãe, profissional e um ser humano muito melhor, depois que meu mundo se pintou de azul! Meu filho é minha vida!”
- Simone Réus da Silva, mãe do Luiz Gustavo, associada à ABAA.



Andréia, mãe do André

“André tinha 1 ano e 6 meses quando recebemos o pré-diagnóstico de autismo. Achávamos que era o fim, nos desesperamos. André não tinha fala funcional, muitos movimentos repetitivos, não obedecia a nenhum comando e não interagia. No entanto, não cruzamos os braços. Fomos pesquisar e estudar para poder contribuir para um futuro melhor. Vimos que autismo não tem cura, mas tem tratamento. Com o tratamento na idade certa, a criança pode ter os prejuízos que o autismo traz minimizados. Investimos muito e até hoje André recebe estímulos e terapias para que possa continuar se desenvolvendo. É uma luta constante por inclusão, por conscientizar a sociedade, e principalmente por tratamentos. Ter um filho autista é lutar por muito mais que um mero tratamento, é conscientizar toda uma sociedade por mais afeição e empatia”.
- Andréia Alves Berto de Moura, mãe do André, de 8 anos, associada à ABAA



Patrícia, cofundadora

“A associação tem muita importância para o município pois, como todo mundo sabe as terapias são muito caras e a maioria das famílias não tem condições de fazer plano de saúde ou particular, então vai ajudar muito essas famílias. Tenho dois meninos de 15 anos João Marcos e Marcos Vinícius com autismo, minha gravidez foi bem tranquila porém, tive pressão alta e eles nasceram de 8 meses de gestação, desenvolveram tudo dentro do normal engatinharam e caminharam tudo no tempo certo, porém não desenvolviam a fala, em todas as consultas com o pediatra eu relatava pra ele sobre isso e ele dizia q era normal por terem nascido prematuros, com dois anos e pouco a minha irmã falou pra mim sobre o autismo, na época eu nem sabia o que era. Marquei consulta com neuropediatra e eles passaram por avaliações, então com três anos veio o diagnóstico.... foi muito difícil como já relatei eu não sabia o que era foi uma luta comecei a pesquisar procurar por tratamentos. Mas Deus colocou pessoas maravilhosas nas nossas vidas, como as profissionais q atendem eles até hoje Mara Rubia e Karla da Fisioclínica. É muito difícil você receber um diagnóstico e não ter nenhum suporte.
- Patrícia Figueiredo Silva, cofundadora da ABAA e integrante da diretoria.



Tatiana, mãe do Davi

“Ser mãe é um desafio para todas as mulheres, o desejo do filho perfeito leva a mamãe sonhar e planejar a vida toda daquela. Criança... Nós como pais começamos a investigar primeiro com neurologista, mas o processo é longo a início começamos com a fonoaudióloga. Depois de uns seis meses o neurologista pediu pra fazer musicoterapia que iria ajudar na fala. Assim começou nossa luta. Davi apresentava atraso na fala, comportamento agitado, não dormia muito bem. Logo o neurologista já deu medicação. Davi começou na escola com 2 anos e meio, não interagia com as crianças, gostava de brincar sozinho. Além disso o comportamento dele era muito agitado. O diagnóstico do TEA veio com três anos de idade. Hoje ele segue seu tratamento com psicóloga equoterapia. Fonoaudiólogo. Davi hoje tem 13 anos de idade é alfabetizado. A importância do laudo cedo e as terapias ajudam muito, e a dedicação dos pais também”.
- Tatiana Lourenço Felipe, mãe do Davi e associada à ABAA.