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Cotidiano

Simone Cândido: esperança se renova com início da vacinação

O país se prepara para receber ainda os insumos para produção das vacinas. É uma luz no fundo do túnel.

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Nessa terça-feira, dia 19 de janeiro de 2021, as primeiras vacinas contra a covid-19 chegaram a Içara e os primeiros profissionais a serem imunizados foram do Hospital São Donato. Silvia Regina Crispim foi uma das contempladas, pois trabalha na higienização da Unidade de Terapia Intensiva. Foi um momento de muita emoção.

“Encerramos um ano com muita dificuldade um ano tão atípico. Queria poder dizer que 2020, apesar dessa pandemia, não foi tão pesado, mas relatar a perda de duas pessoas na qual fazem parte da minha família é muito triste. Trabalho em um hospital, todos os dias tenho o maior cuidado com a minha saúde e das pessoas próximas. Muita gente ainda não está levando a sério os riscos e danos ela vem nos trazendo. Sempre me preocupei com meus colegas de trabalho, familiares e pessoas próximas, vivemos um dia de cada vez”, relata.

A irmã Vanilda esteve internada durante 32 dias, deu entrada no hospital com problemas cardíacos e desencadeou diversos fatores, inclusive positivou para a covid-19. O óbito ocorreu no dia 19 de dezembro. “Como se não bastasse, uma semana antes meu outro irmão Valmor também positivou, falecendo três dias após morte dela”, relembra.

A morte não avisa quando chega, não estamos preparados. São cicatrizes que nunca vão se fechar. Tem sido um momento que devemos valorizar mais ainda a oportunidade de chegar até aqui saudáveis. Tivemos que nos adaptar na forma de transmitir carinho, afeto. Sabemos que isso também é amor. Cuidado é amor.

“Sou grata a Deus pela oportunidade que ele me deu de poder receber a primeira dose da vacina, grata aos cientistas pela capacidade e grata ao Hospital São Donato onde trabalho com muito amor. Estamos cansados de perder nossos familiares e amigos, com tudo só tenho a expressar minha eterna gratidão”, acrescenta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na tarde de domingo, dia 17de janeiro de 2021, o uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz. Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à covid-19.

As vacinas serão usadas preferencialmente para uso em programas de saúde pública e, inicialmente, destinado para imunização de pessoas de grupos de risco como indígenas, idosos e profissionais de saúde. O país se prepara para receber ainda os insumos para produção das vacinas. É uma luz no fundo do túnel após tantas mortes e angústias.

As vacinas aprovadas já comprovaram que há redução de contaminação pela covid-19 e se contrair a doença as reações serão mais brandas, diminuindo o risco de mortes e internações hospitalares. Seguimos com fé de que com a vacinação possamos aos poucos voltarmos ao normal. Hoje o normal é muito diferente do que vivíamos até 2020 e a covid chegar.