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Cotidiano

Simone Cândido: Movimento de Consciência Negra Chico Rosa

Conheça a história do movimento que nasceu em Içara, mas tornou-se referência regional

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Nadir da Rosa dos Santos articulou em 1997 um encontro da família Rosa e Oliveira para resgatar a etnia afro no município de Içara. Os primeiros contatos contaram com o total empenho da historiadora Derlei Catarina De Lucca e das representantes do departamento de Cultura, Sanete Constância Monteiro e Maria Helena Zanette Topanotti. Assim se deu início ao MOVIMENTO DE CONSCIENTIZAÇÃO NEGRA da cidade.

A primeira participação social do movimento foi em 1 de maio de 1997 na Festa do Trabalhador, evento promovido pela Prefeitura Municipal de Içara com a participação também de municípios com grupos de dança afros e integrantes vestidos a caráter. A partir daí sentiu-se a necessidade da criação de um grupo apto para representar o município e divulgar a etnia na região.

O pensamento foi concretizado e nasceu então o GRUPO AFRO CHICO ROSA e o GRUPO DE CAPOEIRA CHICO ROSA. Em homenagem a Francisco Bernardo da Rosa, içarense de Urussanga Velha. Ele mudou-se para Terceira Linha São Rafael, popularmente conhecido por NEGO CHICO, ajudava muitos trabalhadores rurais como carneador de gado e faleceu em 1956. Com tanta popularidade e vários descendentes no grupo, sua neta sugeriu e em consenso com o grupo decidiram homenageá-lo.

Em 21 de novembro de 1997, em memória do líder negro Zumbi, o grupo promoveu o 1° encontro intitulado “O GRITO DOS PALMARES”. A partir daí todos os anos o grupo promoveu eventos no mês de maio que já se tornaram tradição e fazem parte da cultura negra de Içara. Com missas, almoço, café, apresentações artísticas e distribuição de troféus com o intuito de gravar na memória dos içarenses o nome de CHICO ROSA.

O MOVIMENTO DE CONSCIÊNCIA NEGRA CHICO ROSA conta com vinte e cinco participantes. Alguns deles participam num grupo de canto da pastoral afro. O grupo faz um trabalho numa comunidade Quilombola São Roque, da cidade de Praia Grande, doando cestas básicas e brinquedos e assim mantendo laços com suas origens.

Para Nadir da Rosa dos Santos, coordenadora do movimento, é de suma importância a luta pelos direitos dos negros. “Não só no dia 20 de novembro, a gente tem que lutar sempre. É importante ressaltar que a luta é a continuação, sendo que o estandarte da reafirmação de nossos direitos não somente como integrantes da etnia negra, mas, como cidadãos brasileiros. Os negros brasileiros precisam lutar pelo reconhecimento de nossos valores históricos culturais e por melhores espaços”.

Cabe a cada um, negro ou não, ajudarmos a divulgar essa cultura tão linda, ensinarmos nossos filhos que a cor da pele não nos faz melhor ou pior que ninguém. Somos seres humanos em constante aprendizado. Nosso país e nossas cidades são ricas em diversidade culturais. Temos várias etnias e seguiremos lutando para que todos os dias aconteça a valorização e respeito onde estivermos.