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Cotidiano

Simone Cândido: Não perca as suas raízes

E que os laços afetivos não se tornem nós.

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Sempre penso que devemos ensinar o que sabemos a outras pessoas. Conhecimento que se guarda nem sempre produzirá frutos. Mas se passamos para outros, se torna algo que frutifica, cria raízes e dá novas mudas. Por onde passamos, deixamos o que plantamos, outros colhem e aonde vamos, poderemos colher o que outros nos deixaram. Esse é o ciclo do bem, que vai e retorna até nós.

Lembro muito das mãos da minha mãe no dia que nos deixou para morar com o bom Deus. Segurei por alguns instantes e logo lembrei de tantas coisas que essas mãos tinham feito em sua vida. Quantas vezes cozinhou para nós. Muitas vezes tinha tão pouco e cada refeição que fazia era tão especial. Inventava onde não tinha como inventar.

E o carinho que nos dava, tantas vezes com aquelas mãos já enrugadas pelo tempo? A gente olha as mãos das pessoas que foram amor para nós e pensamos: quantas coisas fizeram? Quantas lembranças deixam para nós? Hoje refleti sobre as belas lembranças do que aprendi com minha mãe. Me ensinou tanto! Uma das coisas que levo pra sempre é estar presente na vida das pessoas que precisam de conforto, principalmente na hora da dor.

É difícil sim, mas levar um pouco de presença faz muito bem, mais a nós do que a quem recebe. Que nossas mãos deixem belas lembranças de coisas tão simples, mas marcantes para sempre. Que nunca se percam os ensinamentos de quando erámos crianças.

Que o amor que recebemos de nossos pais possa continuar por toda nossa vida. O respeito pelo próximo continue frequente. A gratidão por tudo que recebemos daqueles que por nossas vidas passaram seja um dos maiores princípios que possamos ter. Que os laços afetivos não se tornem nós. Laços enfeitam nossas vidas, os nós amarram.