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Cotidiano

Simone Cândido: Raquel Bettiol Casagrande, mãe solo na realização de um sonho

A família e os amigos aguardam ansiosos a chegada dos gêmeos.

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Raquel Bettiol Casagrande, nascida em dois de julho de 1985, em Jacinto Machado, filha de Antônio Moacir Casagrande (falecido em 18/09/1995) e Maria Clarice Bettiol Casagrande. Na sua infância residiam em Sanga da Curva; algum tempo depois foram para Linha São Pedro. Seus pais e tios sempre foram da agricultura. Trabalhavam com banana e depois compraram os terrenos na Linha São Pedro e começaram a plantar arroz, milho, maracujá, diversificando a produção da propriedade. Por anos, os irmãos Casagrande trabalharam em sistema de sociedade.

Quando começaram a trabalhar em sociedade, a família comprou um caminhão e Toninho, como era conhecido, começou a viajar para levar os seus produtos. Cujo principal comercializado na época era a banana. Em uma dessas viagens para Jaraguá do Sul, ele descobriu o cultivo de maracujá. Em Jacinto Machado não existia, no ano de 1993, aproximadamente, chegou em casa com as frutas que era uma novidade e apresentou para a família. Assim, decidiu começar o cultivo de maracujá na região de Jacinto Machado, sendo pioneiro. Os conhecidos eram relutantes nesse cultivo por acharem que não daria certo. Após a família Casagrande iniciar o cultivo, outras pessoas iniciaram o cultivo da fruta, tornando-se, há alguns anos uma lavoura de importância econômica regional. A rodovia na linha São Pedro Na cidade de Jacinto Machado, onde a família reside, era denominada estrada geral e passou a chamar-se Rodovia Municipal Antônio Moacir Casagrande.

No ano de 1995 seu Antônio veio a falecer numa dessas viagens. Naquele dia ele não encontrou nenhum motorista para ir em seu lugar, então precisou viajar. Ainda na ida com destino a Corupá, acabou se envolvendo num acidente fatal, na localidade de Enseada de Brito, no Morro dos Cavalos, próximo a Florianópolis. Raquel tinha apenas dez anos na época, Antônio trinta e seis anos, sua Mãe Maria, trinta e dois anos. O casal havia se programado para terem um segundo filho, no final de 1995, mas infelizmente este acidente interrompeu os planos da família. De agora para frente seriam apenas Raquel e Clarice.

Aos 18 anos Raquel começou a Faculdade de Economia pela UNESC; começou a trabalhar e mesmo enfrentando dificuldades conseguiu forma-se no ensino superior e pós graduou-se.

Os anos foram passando e, após relacionamentos que não deram certo, a luta contra a depressão por seis anos e também o tratamento e a cura da mesma, Raquel sempre permaneceu ao lado de sua mãe. Mas com o tempo Raquel começou a sentir o desejo de ser mãe, cada dia mais forte, sentia a falta de ter uma família maior e isso foi tornando maior esse desejo de encher a casa com a energia que os filhos poderiam proporcionar a ela e sua mãe.

Em 2019, após alguns estudos sobre fertilização, procurou um médico de confiança, buscando realizar seu sonho da maternidade. O médico lhe passou todas as informações necessária sobre os procedimentos que a medicina oferece atualmente. Para sua sorte, este mesmo médico realizava tais procedimentos através de uma clínica e laboratório em Criciúma.

Após o tratamento necessário para o procedimento, óvulos foram coletados e fertilizados. Após cinco dias o laboratório identificou que dois embriões estavam em pleno desenvolvimento e em conversa com o médico o mesmo informou que seriam maiores as chances de sucesso implantando dois embriões.

Por uma questão de consciência, Raquel também não desejava congelar seus embriões, pois se não fossem utilizados em três anos, os mesmos seriam descartados. Isso pesou bastante na decisão, então, sem qualquer dúvida, decidiu que os dois embriões fossem implantados, inclusive para maior chance de sucesso do procedimento.

E para alegria de Raquel e de sua mãe os dois embriões continuaram a se desenvolver perfeitamente e já estão na 22° semana de gestação. No sábado, dia 17 de julho, Raquel recebeu alguns familiares e amigos para o chá de revelação, e esse foi um momento de muita emoção para todos. Os bebês são uma menina que se chama Giovanna e um menino que se chama Anthony Davi.

Para padrinhos de batismo Raquel escolheu pessoas muito importantes para ela. São a prima Milena e a melhor amiga Liliane, com o padrinho Ariel. Raquel quis dividir o amor pelos filhos com as pessoas que sabe que sempre estarão a seu lado e que se um dia precisar seus filhos estarão bem cuidados pelas pessoas escolhidas. E como há muito amor entre essas pessoas, não poderia dividir cada criança para uma madrinha e padrinho. Ambos batizarão as duas crianças.

Sua mãe Clarice está radiante com a chegada dos netos e o amor se multiplicou. Raquel temeu o preconceito, mas considerou apenas o quanto era importante para si realizar seu sonho da maternidade, não levando em consideração os julgamentos. E para sua surpresa tem recebido muito carinho e apoio de muitas pessoas, inclusive pessoas que nem a conheciam tem se aproximado por admiração, carinho e mesmo relatando seu desejo de dar esse passo também, mas privaram-se por medo. Relatam admiração pela coragem de encarar o desafio de ser mãe solo, e para completar, de dois bebês. O fato de ser mãe solo não muda em nada o amor, pelo contrário o amor de mãe sempre esteve presente em seu coração. Faltam poucos meses para a chegada de seus filhos Giovanna e Anthony Davi e a ansiedade aumenta junto com o amor que veio multiplicado. A família e os amigos aguardam ansiosos a chegada dos gêmeos.