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Cotidiano

Simone Cândido: soldados, anjos e heróis, são os profissionais da saúde

Por trás de cada setor existem várias pessoas trabalhando dão seu melhor. Devemos valorizar seu trabalho e dedicação.

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Ser trabalhador de linha de frente no combate a covid-19 não é nada fácil. Muitos de nossas famílias já precisaram ser atendidos nos hospitais de nossa região. Os trabalhadores do Hospital São Donato realizam seu trabalho com maestria e muito amor. Quando adoecemos ou até mesmo nascem nossos filhos, nos momentos de alegria ou dor, lá nos bastidores estão eles de prontidão.

Para que tudo esteja da melhor forma possível de dia ou durante a noite, alguém esteve lá nos ajudando. Nesse momento de pandemia o setor da higienização tornou-se ainda mais importante, estar em ambiente hospitalar requer muitos cuidados. Por trás de cada setor existem várias pessoas trabalhando dão seu melhor, devemos valorizar seu trabalho e dedicação.

Podemos dizer que são heróis sem capas nesse ano atípico, se paramentam para cuidar do que mais precioso existe vidas, de pessoas que eles nem conhecem, mas em cada dia ou plantão noturno lutam para que voltem a ter saúde ou voltem para suas casas com seus filhos em segurança. Infelizmente dois funcionários do hospital perderam a luta contra o coronavírus. Ficarão em nossa memória, a dor foi imensa e indescritível seus colegas continuam lutando para que mais nenhuma vida seja perdida.

Nesse sábado trago alguns depoimentos de funcionários do Hospital São Donato me uno a cada um vocês merecem todo nosso respeito e gratidão.

Jaqueline Dagostim

“Trabalho no hospital São Donato sou linha de frente, pois trabalho no pronto socorro a gente recebe todos os pacientes suspeitos ou covid positivo e depois dali se dá ao setor original do paciente clínica ou UTI. Confesso que não esperava passar por isso em vinte anos de trabalho. Jamais imaginei. É uma sensação de impotência de não poder fazer mais pelos pacientes. Somos humanos e sentimos medo. Temos nossas famílias, filhos, mesmo nos protegendo com todos os cuidados necessários. E agradecendo e pedindo para Deus saúde e proteção para que conseguissem assim terminar essa pandemia bem, voltando para casa bem não contaminando ninguém e não sendo contaminado.

Perdemos dois colegas de trabalho. Meu coração ficou partido. Um deles é como se fosse meu irmão, vinte anos trabalhando juntos eu me coloco no lugar dele no lugar da família dele é um sentimento de tristeza de ruína de perda de impotência. Penso que deveríamos ser valorizado sempre pelo nosso trabalho. Não só nesse momento da pandemia ser aplaudidos e chamados de heróis. Se não estivéssemos ali quem cuidaria dos que precisam ser cuidados? Não estamos preparados para perder um amigo dessa forma. Ele me ensinou, me acolheu várias vezes quando eu precisei não tenho palavras para descrever esse sentimento. Torço todos os dias para que descubram uma vacina e a pandemia acabe.”


Josiane Leandro

“Estar na linha frente não é nem um pouco fácil. Era dia dezessete de março dia do meu aniversário foi decretado fechamento de tudo. Lembro-me das pessoas me parabenizando só dizendo que não pode mais se abraçar. Foi um dia bem triste era para ser feliz como todos os outros anos, mas foi triste porque estava iniciando a pandemia.

Junto com ela veio o medo e desespero. O maior medo era de transmitir e contaminar os nossos familiares. Tenho uma filha de ano e dez meses, meus pais com doenças crônicas então fiquei com muito medo. E o desespero sai de casa não sai, procura outro lugar para gente ficar até passar tudo isso. Teve um dia que eu cheguei em casa desesperada e chorando muito. Sem saber o que fazer parecia aqueles filmes de terror fim do mundo.

Hoje isso deu uma amenizada. Aos poucos fui me tranquilizando e tomando as medidas preventivas e cabíveis. Um dos piores momentos para mim foi um dia que perdemos uma colega de trabalho, infelizmente foi no meu plantão foi muito difícil pra toda equipe principalmente pela dor de poder ser um de nós. Deixamos nossas famílias e muitas vezes perdemos a batalha foi o caso desses dois colegas que perderam suas vidas trabalhando. É um misto sentimento ser visto como herói e ao mesmo tempo em que se sentir fracassado para uma doença que não se descobriu ainda uma cura nem existe uma vacina, temos que lutar diariamente.”


Mônica Borges Machado

“Trabalho no Hospital São Donato há cinco anos. Atuo no setor do pronto socorro. Quando a Simone me procurou para falar sobre o momento que estamos vivendo em relação à pandemia, veio a minha mente um filme, de fato essa pandemia mexeu muito com o psicológico de todos, eu sendo profissional da saúde não foi diferente, me abalou muito, teve dias que o desespero tomava conta. Ao chegar ao plantão tinha que passar forças para os nossos pacientes, sabendo que o sentimento de medo dentro de mim era grande. Recordo que fui desabafar com minha mãe eu estava em estado de choque, meus pais pediram para sair do serviço. Mas não achava aquilo correto, ficava a pensar que tipo de soldado sou eu em largar a guerra! Estou firme com meus colegas, uma messe muito difícil, árdua, estreita, que requer muito alto controle, peço muito nas minhas orações que Deus nos livre de todo o mal, livre nossos pacientes, e que isso passe.”


Silvia Regina Crispim

“Trabalho na UTI geral do hospital São Donato na área da higienização. Sou grata a Deus e a toda equipe pelo lindo trabalho, tudo feito com muito comprometimento e amor pelos pacientes. Estamos em meio à pandemia, todos os dias saímos de nossas casas para ajudar cada pessoa que entra no hospital, seja na clínica médica, clínica cirúrgica, clínica covid, UTI convid ,UTI geral trabalhamos paramentados para não correr risco de contaminação, no hospital somos uma só equipe um só coração Deus continue nos abençoando.”


Zélia Inácio

"Trabalho no Hospital São Donato na área da higienização. Estamos passando por um momento bem delicado e com isso gera um pouco de medo. Temos família , temos um vida lá fora, mas estamos preparados e sabemos que essa é a nossa missão. Nosso trabalho de higienização é feito com todo cuidado e amor. Nos colocamos no lugar do outro poderia ser um ser alguém da nossa família.”