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Cotidiano

Voluntários preparam igreja para reabertura

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Aos 61 anos, Edna Goularti Moraes sente-se orgulhosa. Afinal, verá novamente a igreja em que se casou há 42 anos aberta como um templo católico. O trabalho para isso começou por volta das 6h na lavação interna do prédio junto com outros sete voluntários nesta quarta-feira, dia 17. “Está muito parecida. A diferença é que agora o padre rezará as missas de frente para nós. Vamos ficar aqui até terminarmos toda a limpeza”, coloca também Glória Salvador Grando.

Os preparativos finais da Paróquia São Donato são para reabrir a antiga igreja no próximo domingo, dia 21. Na celebração a partir das 10h acontecerá também a apresentação do nome que receberá o prédio que por 28 anos foi a Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes. “Completaremos 64 anos de fundação neste dia. Escolhemos a data propositalmente”, coloca o pároco Antônio Vander. Já em 11 de fevereiro a paróquia fará aniversário da instalação.

“Trocamos todo o telhado, refizemos a iluminação elétrica, presbitério, pintura externa e arrumamos as sacristias. Também colocamos calçadas novas no entorno. Foram investidos R$ 97 mil em cerca de três meses de trabalho”, aponta. O valor ainda deve subir com a instalação do sistema de som. Mesmo assim, será inferior aos R$ 150 mil que estavam orçados pelo Município para a recuperação somente do telhado até a transferência ser aprovada em audiência pública.


“Gosto de coisas bonitas, bem feitas e bem cuidadas. Estou preocupado com tantas responsabilidades. Mas também feliz por vez a nossa comunidade radiante. É uma obra nossa”, acrescenta. A expectativa é que o local comporte até 500 pessoas para matrimônios, batizados e outras celebrações. Já no dia 10 de janeiro haverá o primeiro casamento. “Temos uns 10 agendados”, completa. A igreja também aberta diariamente a partir de fevereiro.

Quanto a inserção dos restos mortais do ex-pároco Bernardo Junkes na entrada da igreja, ainda não há nada definido. O assunto já havia sido inclusive definido com o irmão dele, também religioso na cidade, Silvestre Junkes. “Contudo, alguns padres pediram que deixássemos onde está. Uma das propostas é criar então um memorial no local. Vamos conversar com uma museóloga sobre os procedimentos”, coloca Antônio Vander.