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Economia

Andreia Limas: Começo promissor para o comércio

Tanto a classe empresarial quanto os analistas de mercado já se permitem uma ponta de otimismo

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Diante de tudo o que aconteceu na economia este ano, com a pandemia corroendo as finanças das famílias, provocando fechamento de empresas, restrições às atividades, demissões e incertezas em empresários, empreendedores e trabalhadores, é compreensível que ainda haja muita cautela em relação ao consumo.

No entanto, tanto a classe empresarial quanto os analistas de mercado já se permitem uma ponta de otimismo, em acreditar que o país já iniciou o processo de retomada e seguirá crescendo, apesar dos percalços, e isso se refletirá na capacidade de consumir das famílias.

Tenho comentado neste espaço que os indicadores apontam para isso, sobretudo em Santa Catarina, onde a economia é realmente diferenciada, sendo o crescimento da indústria mais flagrante, o setor de serviços ainda sofrendo e o comércio tendo agora a grande prova de fogo. Pelo menos em Içara, o começo do período natalino é promissor.

Mais movimento

Conversando com os presidentes do Sindilojas, Marcelo Casagrande, e da CDL, Alexandre Fernandes, é possível perceber uma mudança no comportamento do consumidor este ano. Diferente de Natais passados, quando as compras geralmente eram deixadas para a última hora – muitas vezes até para a véspera –, os clientes estão se antecipando e aproveitando o horário estendido de atendimento nas lojas, iniciado no último dia 7, para garantir os presentes. Reflexo direto da pandemia. Ambos relatam que principalmente a população mais idosa, integrante do grupo de risco para Covid-19, já está comprando, para evitar a aglomeração característica dos últimos dias.

Precauções

É claro que, diante do número crescente de casos, o próprio comércio vai tratar de evitar essas aglomerações, além de tomar outras precauções para diminuir o risco de contágio. Entre elas está diluir o público em mais horas de atendimento: a partir desta semana, as lojas funcionam das 8h30 às 22 horas de segunda a sexta-feira; no sábado, dia 19, das 8h30 às 17 horas e no domingo, dia 20, das 17 às 22 horas. Já na véspera do Natal, o prazo para as compras em Içara encerrará às 17 horas.

Atrativos

Dos atrativos preparados em conformidade com as novas exigências sanitárias, Alexandre Fernandes coloca como destaques a iluminação de Natal, propícia à visitação das famílias e, por consequência, a ida às lojas, bem como a promoção que vai sortear duas motos entre os compradores do comércio içarense. Nesta quarta-feira, dia 16, será a vez de Papai Noel fazer a sua parte, circulando em carreata pelos bairros centrais da cidade a partir das 20 horas. A ação será transmitida pela rede social da Câmara de Dirigentes Lojistas (@cdlicara). Desta vez, conforme o novo protocolo, o Bom Velhinho não vai distribuir balas ou ter contato com o público, mas sua presença é um lembrete que estamos em período de festas. Apesar de tudo.

Empregos

Outro ponto que se destaca na conversa com os lojistas de Içara é a dificuldade em contratar mão de obra temporária para o período de Natal e fim de ano. Simplesmente não há pessoas para trabalhar. Uma das causas é o aquecimento no mercado de trabalho formal, puxado pela indústria, que reduziu a oferta de mão de obra na cidade. A outra é a já conhecida falta de profissionais qualificados, pois nesta época não há como realizar treinamento de pessoal. E quem tem capacitação já está empregado.

Turismo

Em passagem pela Região Carbonífera na semana passada, o governador Carlos Moisés antecipou que o Estado já havia definido as normativas para todas as atividades desenvolvidas durante a temporada de verão, a fim de não perder – ou pelo menos minimizar a perda – de turistas que chegam para o veraneio e praticamente mantêm a economia das cidades litorâneas nesta época. Faltava apenas iniciar a divulgação, que começou nessa segunda-feira, dia 14, com o anúncio da ampliação de capacidade dos hotéis e pousadas. De acordo com Moisés, a intenção é ainda ouvir os prefeitos dos municípios litorâneos para alinhar as normativas, caso necessário.

Inovação

A visita de Carlos Moisés a Criciúma foi motivada por inauguração de obras, anúncio de novos investimentos e liberação de recursos para o Centro de Inovação da Região Carbonífera. A implantação é uma demanda antiga que, após muitas promessas e reviravoltas, deve enfim sair do papel. Mas de nada adiantará o aporte de mais de R$ 7 milhões, necessários à adequação da estrutura cedida pela Unesc, sem a efetiva participação da classe empresarial, do poder público e das instituições de ensino de toda a região no desenvolvimento de pesquisas, tecnologias e soluções inovadoras que possam gerar emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico. Como bem lembrou Fábio Zabot Holthausen, presidente da Fapesc, órgão através do qual os recursos foram viabilizados: “O Centro de Inovação está em Criciúma, mas pertence a toda região e é preciso que a região esteja pronta para recebê-lo. Contamos também com o engajamento dos atores de Içara nesse processo”. Quem vai aceitar essa provocação?