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Economia

Andréia Limas: Continua a sangria de empregos

A boa notícia é que os dados de maio mostram uma desaceleração no número de demissões

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Mesmo que a maior parte das atividades já tenha sido retomada, o mercado de trabalho continua sangrando, ainda que a intensidade da hemorragia pareça ter diminuído. Segundo os dados de maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados na última segunda-feira, dia 29, pelo Ministério da Economia, no acumulado do ano, houve 5.766.174 de admissões e 6.911.049 de demissões no país, com resultado de -1.144.875 vagas com carteira assinada.

O Brasil iniciou o ano com 38.809.623 empregados celetistas, número que caiu para 37.664.748 no fim de maio, representando uma redução de quase 2,95%. Esse percentual no Estado foi superior a 2,64%, passando de 2.079.445 no começo de janeiro para 2.024.457 no fim de maio, com o fechamento de 54.988 postos de trabalho. Já a Região Carbonífera terminou maio com um estoque de 128.257 empregos com carteira assinada, uma redução inferior a 1,74% em relação ao volume que mantinha no início do ano (130.526).

Por outro lado...
A boa notícia é que os dados de maio mostram uma desaceleração no número de demissões e um aumento no número de contratações em relação ao mês anterior. Na Região Carbonífera, a quantidade de admissões foi maior nos 12 municípios, no comparativo com abril. No acumulado do ano, quatro cidades mantêm saldo positivo entre admissões e desligamentos.

Evolução
Já havíamos abordado neste espaço que a Região Carbonífera vinha conseguindo manter positivo o saldo entre contratações e demissões desde 2019, tendência que se manteve no início deste ano. Em janeiro, houve saldo positivo de 1.130 empregos gerados na região e, em fevereiro, de 1.430. Apesar da pandemia e da restrição às atividades na segunda quinzena do mês, março também fechou com 239 contratações a mais que desligamentos. A sequência positiva foi quebrada em abril, quando a quarentena esteve em vigor praticamente durante todo o mês. Houve, então, a perda de 3.688 postos de trabalho, com o número de demissões (5.925) superando o de contratações (2.237) pela primeira vez no ano.

Recuperação
Em maio, o saldo também foi negativo, mas a perda de vagas com carteira assinada diminuiu para 1.380. Naquele mês, a Região Carbonífera registrou 3.105 admissões e 4.485 demissões, com saldo de 2.269 postos de trabalho perdidos no acumulado do ano. Mesmo assim, os mais otimistas acreditam que o desempenho pode sinalizar uma (tímida) recuperação no mercado formal, atenuando a crise econômica que se esperava após a pandemia. Entendo que é cedo para comemorar, pois o aumento de casos de coronavírus torna real a ameaça de novas restrições e impactos ainda maiores à frágil economia do país.

Quem ganhou e quem perdeu
Contabilizando os números de maio, mantiveram o saldo positivo no acumulado do ano as cidades de Urussanga (com 118 contratações a mais que demissões no período), Forquilhinha (112), Lauro Müller (58) e Balneário Rincão (quatro). Perderam vagas as cidades de Criciúma, com 1.672 desligamentos a mais que admissões; Içara, com saldo negativo de 255; Orleans, com saldo de -190; Cocal do Sul, -169 postos de trabalho no período; Siderópolis, com -142; Morro da Fumaça, com -96; Treviso, com -23; e Nova Veneza, com -14.

Esperança
Em meio à pandemia, Içara recebe a confirmação de que Esperança verá, enfim, sair do papel o projeto do distrito industrial na comunidade. Empresa no ramo de transformação veicular, a TCA, com sede em Erechim, no Rio Grande do Sul, é a primeira a instalar-se na área desapropriada na Fazenda Guglielmi. Para o local ainda estão projetados o Condomínio Empresarial Luiz Henrique da Silveira e o Terminal Intermodal. “É uma empresa que possui um faturamento significativo e isso sem dúvida favorece a geração de emprego e renda. Serão, de imediato, dez empregos gerados, podendo chegar a mais 30 novos postos de trabalho”, estima o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Paulo Brígido. A cidade também contará com novas vagas de trabalho com a inauguração de dois atacadistas, ambas previstas para o segundo semestre deste ano.