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Economia

Andreia Limas em Retrospectiva: Que ano tivemos em 2020!

Na economia, o Brasil parecia caminhar rumo a um crescimento mais expressivo do que o 1,3% de 2018 e o 1,1% de 2019

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Aproveito a última coluna do ano para agradecer a todos os leitores que estiveram conosco em 2020. E que ano tivemos! Na economia, o Brasil parecia caminhar rumo a um crescimento mais expressivo do que o 1,3% de 2018 e o 1,1% de 2019. Os indicadores apontavam para isso quando veio a pandemia, que já havia mexido com os mercados da China e dos Estados Unidos.

Por aqui, além das vidas perdidas, cenários que sequer imaginávamos, a começar pela quarentena, decretada em março em Santa Catarina, paralisando as atividades econômicas e lançando o Estado em um período de incertezas. Foi preciso muita luta para que as restrições fossem aos poucos relaxadas e a economia voltasse aos trilhos. O Governo Federal agiu rápido, para salvar empresas da quebradeira, garantir empregos e uma renda mínima aos brasileiros. Todas essas ações foram decisivas para evitar um mal maior.

Protagonismo

Ainda que abalados pela nova realidade, os empresários catarinenses começaram a reagir tão logo se recuperaram do susto. Buscaram alternativas para manter os negócios, aceleraram processos, desenvolveram novos produtos e serviços, equilibraram as contas e o Estado foi um dos primeiros a mostrar melhoras nos indicadores econômicos. Na Região Carbonífera, abril e maio foram meses de fechamento de postos de trabalho formais, mas a partir de junho o saldo já voltou a ficar positivo, aumentando nos meses seguintes, até alcançar seu maior patamar em novembro.

Mais de 5 mil novos empregos

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), na soma do mês passado, os 12 municípios criaram 1.968 postos de trabalho com carteira assinada. Com o desempenho, a região acumula 5.091 novas vagas abertas entre janeiro e novembro. Essa tendência de alta reforça o otimismo de que 2020 ainda possa terminar com saldo próximo ao do ano passado, quando houve 5.337 admissões a mais que desligamentos no acumulado entre janeiro e dezembro.

Içara

Depois de alcançar saldo positivo de 999 empregos em novembro, Criciúma chegou a 1.099 no acumulado do ano, superando Urussanga, até então o município com o segundo melhor desempenho. Urussanga agora está em terceiro lugar entre as cidades da região que mais geram empregos com carteira assinada, com 728 vagas abertas entre janeiro e novembro. O melhor desempenho continua sendo o de Içara, que acumula 1.569 novas vagas, após adicionar 386 no mês passado.

Saldo positivo

Ainda contribuíram para o aumento do saldo em novembro e na soma do ano os municípios de Orleans, com 145 vagas abertas no mês passado; Morro da Fumaça, com 88; Balneário Rincão, com 76; Cocal do Sul, com 66; Forquilhinha, com 54; Nova Veneza, com 34; Siderópolis, com 30; e Treviso, com 11. Já Lauro Müller fechou três postos de trabalho com carteira assinada em novembro.

Acumulado do ano

No acumulado do ano, apenas um município tem saldo negativo: Cocal do Sul registra 37 demissões a mais que admissões no período. Entre os demais, Forquilhinha tem saldo de 532; Nova Veneza, de 431; Siderópolis, de 251; Orleans, de 169; Balneário Rincão, de 120; Morro da Fumaça, de 109; Treviso, de 63 e Lauro Müller, de 57.

Indústria

O reaquecimento do mercado de trabalho foi puxado principalmente pela indústria, por sua vez impulsionada pelo aumento nas exportações, apesar da carência de matérias-primas e do encarecimento dos insumos.

Comércio

O consumo também aumentou nos últimos meses do ano, mesmo com a alta da inflação e as exportações diminuindo a oferta interna de itens de alimentação, o que levou a uma disparada de preços de alimentos como arroz, óleo de soja e carne.

Serviços

Com as atividades severamente impactadas, o setor de serviços vem em recuperação, embora de forma mais lenta. A expectativa é de que o quadro seja acelerado com a chegada da temporada de verão, o principal momento para o setor. No entanto, não dá para prever como será o desempenho com uma briga jurídica em curso. De um lado, o Governo do Estado querendo derrubar restrições e, de outro, o Judiciário determinando que a flexibilização seja revista.

Projeções

Coordenador do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e de Inovação da Unesc, o professor e economista Thiago Fabris acredita em uma resposta positiva dos setores de hotelaria, turismo e de eventos. No geral, ele projeta um ano positivo para a economia da Região Carbonífera em 2021, com uma recuperação ainda mais acentuada do que a registrada nos últimos meses deste ano. A partir de um cenário base, com a redução gradual do contágio por coronavírus e a distribuição efetiva da vacina, aliada à manutenção do teto de gastos pelo Governo Federal, ele aponta o fortalecimento da indústria e um ambiente ainda favorável às exportações.

Investimentos

De acordo com Fabris, esse crescimento ocorrerá pelos investimentos no setor industrial, impulsionados pela diminuição nas taxas de juros. Para o mercado externo, a projeção é de superávit em termos de transações correntes, com as exportações ainda favorecidas pela alta do dólar. Por outro lado, o volume de importações deve diminuir.