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Economia

Andréia Limas: Expectativa pelo índice de inflação

Depois de dois meses de deflação, a perspectiva é de que o índice volte a ser positivo

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Alguns indicadores podem nos dar uma ideia sobre os rumos tomados pela economia a esta altura da crise de coronavírus. Na semana passada, os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostraram uma desaceleração no número de demissões e aumento no número de contratações em maio, quando boa parte dos setores já havia retomado as atividades em Santa Catarina.

Nesta semana, a expectativa é pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ser anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira, dia 10, apontando a inflação oficial de junho. Depois de dois meses de deflação – recuo de 0,31% em abril e de 0,38% em maio –, a perspectiva é de que o índice volte a ser positivo. Embora o retorno da inflação possa não parecer uma boa notícia, a elevação de preços sinaliza que a economia está reagindo, afastando o risco de uma recessão severa, como se esperava.

IPC
Medido pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) de junho subiu 0,33%, ficando 0,63 ponto percentual acima de maio, quando registrou taxa de -0,30%. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 1,15% no ano e 2,66% nos últimos 12 meses. Em junho, o IPC-BR variou 0,36%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 2,22%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1. Nessa apuração, cinco das oito classes de despesas componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,67% para 0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,11%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,10%) apresentaram recuo em suas taxas de variação.

Atividade econômica
Outro indicador medido pela Fundação Getúlio Vargas, o de Atividade Econômica (IAE-FGV) – 1º Prévia, aponta crescimento de 0,6% da atividade econômica em maio, em comparação a abril. O resultado mostra uma pequena recuperação após as fortes retrações registradas em março e abril. Apesar disso, a economia ainda está muito abaixo do nível anterior à chegada da Covid-19 no país. As atividades industriais e de serviços seguem sendo as com os maiores impactos negativos, com quedas significativas na análise interanual, embora sejam menores que as registradas em abril. As quedas mais acentuadas na indústria total foram na transformação, seguida da construção. Nos serviços, as maiores quedas foram no comércio, em outros serviços e nos transportes.

Empregos
Voltando aos empregos, o número de pessoas ocupadas que estavam temporariamente afastadas do trabalho no país, devido ao isolamento social, caiu de 13,5 milhões na primeira semana de junho para 12,4 milhões na segunda semana do mês. Como a população desocupada ficou estatisticamente estável nesse período, cerca de 1,1 milhão de pessoas podem ter voltado ao trabalho com a flexibilização do distanciamento social adotada em algumas. Na primeira semana de maio, 16,6 milhões estavam afastadas do trabalho. Os dados são da PNAD Covid-19 semanal, divulgada na última sexta-feira, dia 3, pelo IBGE. Na segunda semana de junho, o IBGE estima que 170 milhões pessoas estavam em idade para trabalhar, mas somente 83,5 milhões estavam ocupadas. Esse número permaneceu estável desde a primeira semana de maio, e mostra que menos da metade (49,0%) das pessoas estavam trabalhando na segunda semana de junho.

Informalidade
A taxa de trabalhadores na informalidade ficou em 35,0%, na segunda semana de junho, atingindo 29,2 milhões de pessoas. O número de informais caiu na terceira semana de maio (28,5 milhões), mas voltou ao subir nas últimas semanas. No início de maio, eram 29,6 milhões. Entre os informais estão os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

Investimentos
O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, comemorou a assinatura do contrato de concessão do trecho sul da BR-101, ocorrida na última segunda-feira, dia 6, no aeroporto de Jaguaruna, com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Na avaliação de Aguiar, o ato representa a garantia de investimentos fundamentais para conservação e melhoria do trecho concedido. “Serão R$ 7,5 bilhões de investimentos ao longo dos 30 anos de concessão, o que representa a aplicação anual de R$ 250 milhões. É um valor importante", considera. O Grupo CCR venceu o leilão realizado em fevereiro, com a proposta de tarifa de pedágio de R$ 1,97 por praça. Serão quatro praças no total, nos 220 quilômetros compreendidos entre os municípios de Paulo Lopes (SC) e a divisa com o estado do Rio Grande do Sul.