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Economia

Andreia Limas: Expectativas do mercado estão mais otimistas

Projeções divulgadas nesta semana apontam redução da inflação e aumento do PIB

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Divulgado nesta semana pelo Banco Central, o Boletim Focus mostra que as expectativas do mercado em relação à economia brasileira estão mais otimistas. As projeções para 2022 demonstram, por exemplo, redução da inflação e aumento do PIB.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que corresponde à inflação oficial do país, a estimativa era de 8,27% há quatro semanas, passou para 7,67% na semana passada e chegou a 7,54% nesta semana.

Já para o Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país, há quatro semanas a projeção apontava crescimento de 1,50% na comparação com o ano anterior, variação que subiu a 1,75% esta semana.

O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne a projeção de cerca de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.

Câmbio e juros

Em relação ao câmbio, o mercado aposta que o dólar continue em tendência de queda e feche o ano em R$ 5,13. Nessa terça-feira, dia 19, a moeda americana recuou 0,04%, sendo vendida a R$ 5,4224. No mês, acumula alta de 3,63%, mas no ano ainda tem desvalorização de 2,73% frente ao real.

Para a taxa básica de juros, a Selic, a projeção é de 13,75% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, realizada em junho, a Selic foi elevada de 12,75% para 13,25% ao ano, atingindo o maior patamar desde dezembro de 2016. A ata do Copom à época sinalizou para um novo aumento na próxima reunião, marcada para o início de agosto, que pode ser igual ou inferior a 0,5 ponto percentual.

Inflação

Vale lembrar que aumentar os juros é uma estratégia adotada pelo Banco Central para reduzir a inflação. Em junho, o IPCA foi de 0,67%, 0,20 ponto percentual acima da taxa de maio (0,47%). No ano, o índice acumula alta de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva no mês passado. A maior variação foi do grupo Vestuário, com alta de 1,67% e 0,07 ponto percentual de contribuição. Já o maior impacto (0,17 ponto percentual) veio de Alimentação e bebidas (0,80%). Os dados são do IBGE.

Campeões do aumento

Entre os alimentos, os campeões do aumento foram o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%).

Combustíveis

O grupo Transportes (0,57%) desacelerou em relação a maio (1,34%), influenciado pelo resultado dos combustíveis (-1,20%). Enquanto os preços da gasolina caíram 0,72%, o recuo nos preços do etanol foi mais intenso (-6,41%). Por outro lado, houve aumento do óleo diesel (3,82%) e do gás veicular (0,30%).

No grupo Habitação, o gás encanado também subiu em junho (0,81%). Já a energia elétrica recuou menos (-1,07%) na comparação com o mês de maio (-7,95%), com impacto de -0,04 ponto percentual no IPCA de junho. Segue em vigor, desde 16 de abril, a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.

INPC

Para as famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos, a inflação teve alta de 0,62% em junho, acima do registrado no mês anterior (0,45%). No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumula alta de 5,61% e, nos últimos 12 meses, de 11,92%. O índice também usado como base para o cálculo dos salários.

Aguardando

Falando em reajuste salarial, os trabalhadores do setor químico na região ainda aguardam a manifestação das empresas para a realização da primeira rodada de negociações. “Fizemos as assembleias nas portas das fábricas, entregamos o rol de reivindicações em junho e até agora não houve uma movimentação do sindicato patronal para conversarmos”, afirma Edson Rebelo, vice-presidente do sindicato que representa a categoria.

“Esperamos fechar a negociação este mês ainda, porque a nossa data-base é 1 de agosto. Seria interessante fechar agora, para o trabalhador já começar a receber a partir de agosto”, acrescenta.

Reunião

Nessa terça-feira, empresários do setor químico se reuniram para avaliar a pauta de negociação apresentada pelos trabalhadores. Entre os principais pontos estão a reposição da inflação e ganho real nos salários; valorização do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e do piso salarial da categoria; inclusão das gestantes e puérperas afastadas para licença maternidade no PLR e manutenção das demais cláusulas sociais, de segurança no trabalho e econômicas da atual convenção coletiva.

Ao todo, são mais de 3 mil trabalhadores que atuam em cerca de 100 empresas da indústria química da região Sul do Estado.