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Economia

Andreia Limas: O que nos mostram os números da balança comercial?

Após o superávit de US$ 29,3 milhões no ano passado, as projeções apontam para um desempenho ainda melhor este ano.

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O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou nesta semana os números da balança comercial e, de acordo com eles, é possível perceber que as empresas de Içara têm aproveitado muito bem o momento de alta do dólar. Após o superávit de US$ 29,3 milhões no ano passado, as projeções apontam para um desempenho ainda melhor este ano.

Afinal, são US$ 5.232.445 de saldo positivo no acumulado de janeiro e fevereiro, um índice histórico registrado em março, quando o volume de exportações na cidade chegou a US$ 5.602.868, e o fechamento de abril com superávit de US$ 10.750.811 no acumulado do ano, o que representa mais de um terço do total apurado nos 12 meses de 2020.

Exportações

Um desempenho tão positivo só é possível graças ao aumento nas exportações. O volume exportado entre janeiro e abril por empresas içarenses chegou a US$ 18.936.673, o equivalente a um crescimento de 87,31% em relação ao acumulado nos quatro primeiros meses de 2020. No comparativo com o primeiro bimestre deste ano, o incremento na soma de março e abril foi de 33,61%.

Importações

Embora o volume importado no quadrimestre também tenha aumentado – soma US$ 8.185.862, quase o dobro (99,60%) das importações realizadas entre janeiro e abril de 2020 –, isso não significa um dado negativo. O incremento deve-se principalmente pela aquisição de máquinas e equipamentos para a indústria, item que em abril somou US$ 2.901.657. Ou seja, além de ser uma importação eventual, trata-se de um investimento realizado no parque fabril, potencializando a produção e a geração de novos negócios.

Força da indústria

Os números da balança comercial também mostram a força da indústria na economia içarense. Entre os principais produtos exportados no ano passado, estão insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro (35%); reboques e semirreboques para veículos (15%); tintas e vernizes (9,1%). No ranking das exportações neste ano, os insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro continuam liderando, com US$ 5.699.338 negociados ao exterior até o momento (30% do total). A venda ao mercado externo de reboques e semirreboques para veículos já alcançou o montante de US$ 3.971.272 (21%).

Librelato

Entre as empresas içarenses a se fortalecer no comércio internacional está a Librelato, com a expansão dos negócios ao continente africano, a instalação de um escritório em Portugal e a abertura de novos mercados também na América do Sul. “Entendemos que, por meio do acesso aos novos mercados, conseguimos ter uma visão além do horizonte em nossa empresa, internalizando as experiências e conhecimentos obtidos lá fora, que são transformados em soluções e melhorias para nossos produtos e processos”, afirma o CEO José Carlos Sprícigo.

Em 2020, a empresa aumentou em 22% suas exportações em comparação ao ano de 2019. “As exportações são extremamente importantes para nossos resultados de vendas, pois durante os altos e baixos do mercado interno essa atividade nos ajuda a manter um ponto de equilíbrio nos negócios”, explica Daniel Zilio, gerente de Exportação e Libreparts.

Doce mel

Outro destaque içarense nas exportações é o mel. O produto que levou a cidade a ser reconhecida como Capital Catarinense representava em 2019 o terceiro item mais exportado pelo município, com 13,88% de participação no total, atrás dos insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro (40,74%) e dos reboques e semirreboques para veículos (20,28). Em 2020, pulou para o segundo lugar, chegando a 27%. Neste ano, já acumula US$ 5.185.339 negociados ao exterior, mantendo os 27% de participação e a segunda colocação no ranking das exportações, atrás apenas dos insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro.

Pandemia

Esse crescimento no volume exportado de mel pode ser explicado basicamente por dois fatores, ambos ligados à pandemia de coronavírus. Primeiro porque a crise de saúde desencadeou no mercado mundial uma demanda maior por alimentos. Depois, porque o mel e seus derivados são utilizados também como medicamentos naturais.