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Economia

Andreia Limas: Por que é importante manter o auxílio emergencial?

Além de atender a essa parcela da população, o benefício significou uma injeção de R$ 300 bilhões na economia brasileira em 2020

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Comentei neste espaço na semana passada que neste ano vivenciamos um impacto bem menor da pandemia na economia, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a crise estourou. No entanto, é preciso ressaltar que a recuperação começou ainda em 2020, com alguns setores saindo-se melhor que outros, mesmo com o inevitável encolhimento do PIB, algo registrado também em outras potências econômicas mundiais.

No Brasil, diversos fatores contribuíram para que o tombo não fosse maior. Junto com a resiliência dos empreendedores, que buscaram alternativas para manter os negócios em funcionamento e evitar as demissões, ações do Governo Federal foram fundamentais para a reação, como a possibilidade de suspender contratos de trabalho ou diminuir a jornada/salários, com a União fazendo a compensação financeira aos trabalhadores.

No entanto, individualmente, nada foi tão expressivo quanto o auxílio emergencial, concedido a informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados como forma de garantir uma renda mínima. Além de atender a essa parcela da população, o benefício significou uma injeção de R$ 300 bilhões na economia brasileira em 2020 e evitou que o país entrasse em uma recessão ainda maior.

Prorrogação

Inicialmente, o benefício – dividido em cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro de R$ 300 – foi pago até janeiro deste ano. O encerramento gerou preocupação entre os lojistas, que temiam uma queda expressiva nas vendas sem a garantia dessa renda para as famílias até então contempladas.

Mesmo com um volume menor de beneficiados, a reedição foi recebida com alívio. Agora com parcelas variando entre R$ 150 e R$ 375, o auxílio voltou a ser pago em abril, com previsão de seguir até julho. Mas nessa terça-feira, dia 8, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Governo Federal deve prorrogar o pagamento por mais dois ou três meses.

Vacinação

De acordo com o ministro, o prazo extra seria o suficiente para aumentar a cobertura vacinal contra a covid-19, derrubando restrições a atividades econômicas que ainda em estão em vigor no país. Guedes não citou valores, mas possivelmente o auxílio será mantido nas condições atuais.

Comércio exterior

Como já mencionado, a recuperação em alguns setores da economia tem sido mais acelerada que em outros. Na indústria e no agronegócio, por exemplo, o grande impulso veio das vendas ao exterior, por sua vez favorecidas pela alta do dólar. Em maio, o Brasil registrou recordes para o mês nos números de exportações, superávit e corrente de comércio (soma de exportações e importações).

O volume exportado chegou a US$ 26,9 bilhões, um crescimento de 46,5% em relação a maio do ano passado – o último recorde havia sido registrado em maio de 2012, com US$ 23,1 bilhões. O saldo comercial ficou em US$ 9,3 bilhões, subindo 29,4% e superando a máxima anterior, de US$ 6,8 bilhões em maio do ano passado. Com esses valores, a corrente de comércio subiu 50,6%, alcançando US$ 44,6 bilhões, superando o máximo anterior, também de 2012, com US$ 43,6 bilhões.

O crescimento da exportação foi impulsionado por um forte aumento de vendas externas das três categorias de produtos: agropecuária (43%), indústria extrativa (85,8%) e indústria de transformação (34,6%).

Santa Catarina

Em Santa Catarina, o faturamento com exportações no mês passado foi de US$ 983,5 milhões, o maior valor nominal da história do Estado para um único mês. O resultado bateu a soma alcançada em agosto de 2018, de US$ 977,7 milhões, a maior até então. A marca histórica foi alcançada com o bom momento do agronegócio. A soja (US$ 143,8 milhões) foi o principal item de exportação, seguido de carnes de aves (US$ 138,5 milhões), carne suína (US$ 124,6 milhões) e madeira compensada (US$ 41,3 milhões).

Içara

Içara também comemora o bom desempenho obtido em maio, quando foram vendidos por empresas do município US$ 6.109.166 no mercado externo, o maior volume negociado no ano e 186,93% maior do que o montante exportado em maio de 2020, quando ficou em US$ 2.129.178.

Foi também o maior valor exportado em um mês de maio entre 1997 e 2021, período em que as informações são disponibilizadas pelo sistema Comex Stat. Anteriormente, o melhor desempenho havia sido em maio de 2014, quando as exportações chegaram a US$ 4.461.303.

Superávit

O município acumula US$ 25.045.839 em exportações entre janeiro e maio, representando um aumento de 104,64% na comparação com a soma do mesmo período de 2020 (US$ 12.238.888). Já a balança comercial tem superávit de US$ 16.603.042 no ano, mais do que o dobro (126,48%) apurado no mesmo período do ano passado – US$ 7.331.030.

Os insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro lideram a lista de produtos exportados por empresas içarenses, seguidos pelo mel natural e os reboques e semirreboques para veículos.