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Economia

Andreia Limas: Saúde econômica de Içara vai muito bem

Com o dólar ainda em alta, a tendência para o início de 2021 é de aumento nas exportações

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Alguns indicadores nos permitem avaliar a saúde econômica dos municípios e, nesse quesito, Içara vai muito bem. Apesar de todas as dificuldades impostas no ano passado, a cidade terminou 2020 como a segunda maior geradora de empregos entre os 45 municípios do Sul do Estado e comemorou a abertura de 1,3 mil empresas, de pequeno, médio e grande porte, conforme já comentado neste espaço.

E a tendência é de que mais números positivos apareçam, à medida em que forem divulgados os dados oficiais do ano, como acontece nesta semana, com o anúncio do desempenho no comércio exterior. De acordo com informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, a balança comercial de Içara teve superávit de US$ 29,3 milhões, contabilizando US$ 47,81 milhões em transações correntes no ano, na soma dos US$ 38,55 milhões em exportações e US$ 9,26 milhões em importações.

Comparações

Numa rápida análise dos dados, é possível fazer algumas comparações entre o desempenho de Içara e de outras cidades da região, a começar por Criciúma. O maior município da Região Carbonífera, com mais de 200 mil habitantes, exportou mais que o dobro (US$ 77,75 milhões) de Içara, mesmo com uma queda de -3,8% em relação a 2019. Porém, o volume de importações chegou a US$ 285,47 milhões, levando a balança comercial a um déficit de US$ 207,72 milhões.

Diversificação

Araranguá também exportou mais – US$ 66,6 milhões, apesar da queda de 23,2% no comparativo com 2019, e fechou o ano com superávit de US$ 64,54 milhões. O desempenho foi puxado principalmente pela venda de tabaco, que respondeu por 66% das exportações, diferente de Içara, que tem maior diversificação de produtos vendidos ao exterior: insumos para as indústrias da cerâmica, do esmalte e do vidro (representando 35% do total), mel natural (27%), reboques e semirreboques para veículos (15%), tintas e vernizes (9,1%).

Ranking

No ranking das cidades do Sul do Estado que mais exportaram em 2020, Forquilhinha aparece em terceiro lugar, com US$ 64,34 milhões vendidos, queda de 20,5% na comparação com o ano anterior, mas superávit de US$ 51,64 milhões. A cidade tem praticamente um item exportado, a carne de aves, que correspondeu a nada menos que 90% do volume vendido.

Cocal do Sul

Atrás de Criciúma, Araranguá, Forquilhinha e Içara, Cocal do Sul também conseguiu um bom desempenho, exportando US$ 33,97 milhões no ano passado e acumulando US$ 28,3 milhões de superávit. O principal item vendido pela cidade ao exterior são os produtos cerâmicos, que representaram 97% do total exportado.

Tubarão

O pior desempenho entre as maiores cidades da região Sul do Estado coube a Tubarão. O volume de exportações no município sofreu uma redução de 20,2% na comparação com 2019 e não foi além dos US$ 15,09 milhões. Com isso, a balança comercial fechou com déficit de US$ 1,59 milhão.

Tendência

Com o dólar ainda em alta, a tendência para o início de 2021 é de aumento nas exportações, o que pode significar uma oportunidade para quem busca espaço no mercado externo e a diversificação da carteira de clientes. Por outro lado, a valorização da moeda americana inibe as importações, pois torna mais caro o produto que vem de fora do país. Algumas empresas já sofreram as consequências da taxa cambial em 2020, com o encarecimento da matéria-prima.

Inflação

Outro reflexo pôde ser sentido na inflação do período. O ano fechou com alta de 4,52%, a maior desde 2016 (6,29%), segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nessa terça-feira, dia 12, pelo IBGE. O aumento de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas pesou no bolso dos brasileiros. O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explica que esse crescimento foi provocado, entre outros fatores, pela demanda por esses produtos, a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional. Foi um movimento global de alta nos preços dos alimentos, num ano marcado pela pandemia de Covid-19.

Vilões

Os preços do óleo de soja (103,79%) e do arroz (76,01%) dispararam no acumulado do ano passado. Outros itens importantes na cesta das famílias também tiveram altas expressivas, como o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).