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Economia

Andreia Limas: Vamos falar sobre mudança de mentalidade?

Encerrada nessa quinta-feira, ExpoMais trouxe importantes reflexões sobre a condução de negócios e carreiras

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Como vocês devem ter notado (assim espero!) a coluna desta semana chega com um pouquinho de atraso, mas é por um bom motivo, garanto! Estava esperando a conclusão da ExpoMais, que encerrou nessa quinta-feira, após três dias de profundas reflexões pautadas nos eixos do Marketing, Administração, Inovação e Sinergia.

Eventos como esse, de tamanha profundidade e ao alcance de nós, visto que é realizado em Criciúma, são oportunidades para serem aproveitadas. Se você perdeu, faço aqui um breve resumo, claro, sem a pretensão de alcançar tudo o que foi discutido.

Para mim, a principal mensagem trazida pelos palestrantes dessa edição foi a importância de mudar a mentalidade, seja na condução dos negócios ou da carreira profissional.

Estudantes

Algo que considero muito bacana na ExpoMais é a diversidade de público. Junto a empresários, empreendedores, gestores, profissionais de diferentes áreas, estão também estudantes. Para eles, em especial, o evento promoveu um preview acadêmico com Alex Kuhnen, coordenador de Educação 4.0 do Sesi/Senai.

Em sua fala, Alex trouxe aos estudantes as perspectivas do mercado de trabalho quanto aos novos profissionais e as oportunidades para quem está iniciando a carreira ou busca empreender.

Nos dois casos, os cenários mostram que, cada vez mais, as competências são reconhecidas e valorizadas, aliadas ao conhecimento necessário para desempenhar esta ou aquela função. Daí a necessidade de uma formação contínua.

Sustentabilidade

Um tema bastante recorrente nessa edição da ExpoMais foi a sustentabilidade, que vai muito além da questão ambiental, envolvendo também o social e o econômico. Cuidar da natureza é bom? Não só é necessário como é vital para que os negócios se sustentem e prosperem.

E isso basta? Não. Em um mercado onde a competitividade é feroz, sai na frente quem usa os negócios também para contabilizar socialmente, beneficiando a comunidade onde está inserida e investindo em programas, projetos e ações que vão muito além do retorno financeiro ou ambiental, pois interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas.

Pequenas, médias e grandes empresas

Mas os conceitos de ESG, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis são aplicáveis só às grandes empresas? Viviane Mansi trouxe as experiências da Toyota no Brasil, porém, declarou que esse movimento começa pelas operações das empresas, independentemente do porte.

Para deixar isso ainda mais claro, Jacqueline Rezende trouxe cases que mostram a aplicabilidade em diferentes organizações. “É muito fácil terceirizar as responsabilidades, mas o olhar da sustentabilidade é para si mesmo. Entender que ESG na prática são pequenas ações, que impactam diretamente nos seus negócios”, salientou.

Comportamento

E essa transformação começa pelas pessoas. O psicanalista Jorge Forbes abordou as mudanças de valores e comportamentos geradas pela transição que ele chama de “Terra Um para Terra Dois”.

“Em menos de 30 anos, saímos de um mundo vertical, onde se seguia um determinado padrão, para um mundo horizontal, múltiplo. E as pessoas se sentem perdidas, sem uma bússola que as oriente”, comparou.

Mentalidade

Sobre o tema, o futurista Carlos Piazza entende que o apego ao passado leva à repetição de comportamentos já superados. “É muito importante discutirmos essa chegada abrupta do futuro sobre nós, pois não fomos criados para olhar para o futuro”, considera.

“De um lado, temos muita tecnologia e, de outro, a humanidade, numa relação intrínseca. A tecnologia está 100% a serviço de melhorar a vida humana. Mas pensamos nisso?”, provocou.

Piazza também comentou sobre as características do Fordismo (sistema de produção em massa e gestão, idealizados em 1913 por Henry Ford) que persistem em parte das empresas. “A pandemia provou que ninguém precisa ter o trabalho controlado pelo ‘líder’ o tempo todo ou seguir uma rotina interminável. Ao contrário: em home office, com horários flexíveis, a produtividade aumentou”.

Otimismo

Com tanto conteúdo, fica muito, muito difícil escolher um destaque da sexta edição da ExpoMais. No entanto, particularmente, e vocês podem constatar até pelo viés da coluna, meu palestrante favorito já estava eleito antes mesmo do início do evento: o jornalista e economista Luís Artur Nogueira.

E devo dizer que ele correspondeu às expectativas, com sobras. Nogueira trouxe uma visão despida de paixões políticas, explicou porque entende que o Governo Lula vai tratar bem da economia, como o Brasil deve se destacar no cenário econômico mundial e as oportunidades que surgem a partir do controle da inflação e da recuperação do poder de compra. Lembrando do papel de protagonista de empresários e empreendedores. “É o protagonismo do setor privado que faz o Brasil crescer”, opina.