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Economia

Aterro pode gerar energia

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Estudantes do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizaram estudo inédito no Estado, e concluíram que os aterros sanitários de Içara, Biguaçu e Itajaí – que recebem cerca de 44 toneladas de lixo por mês – tem potencial energético proveniente de biogás rico em metano (CH4) para suprir as necessidades de 17,2 mil residências. A avaliação considerou a capacidade de geração de energia a partir da biomassa.

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Ao contrário dos lixões, nos quais o lixo é somente depositado, os aterros sanitários são construídos para reduzirem os danos ambientais. Eles recebem uma camada de impermeabilização de base, sistema de tratamento do chorume, drenagem de águas pluviais, compactação e cobertura diária. Além disso, os aterros recebem drenos (tubos de concreto fixados desde a base do aterro) por onde são coletados e tratados os gases decorrentes da decomposição dos resíduos orgânicos. Por esses drenos é que foram retirados os dados para determinar a vazão de biogás.

Para gerar energia a partir do biogás é preciso analisar a concentração de metano, que pode variar entre 30 e 60%. Esse percentual depende do tipo de substância orgânica, da quantidade e do tempo que ela está em decomposição. Quanto maior for o aterro, e mais tempo ele estiver sendo operado, maior será a produção de biogás. Por isso, Içara ainda fica atrás de Biguaçu e Itajaí.

O aterro sanitário de Içara foi criado em 2005 e é administrado pela Santec. É o menor e o mais novo entre os analisados. A pequena quantidade (sete toneladas de resíduos por mês), e o pouco tempo de operação, resultam em uma baixa produção de biogás.

O aterro sanitário de Biguaçu, em funcionamento desde 1991, recebe cerca de 20 toneladas por mês de resíduos e estima-se que receba mais 1,3 milhão de toneladas até 2013, ano de fechamento. Ao todo, são 34 drenos que produzem, em média, 2.056,2 Nm³/h (volume de gás em m³, sob determinada pressão ‘N’, por hora) de biogás, com concentração de 57,3% de metano.

Segundo o engenheiro mecânico Alexandre Takahashi, que trabalha com o aproveitamento de biogás para geração de energia, essa quantidade de gás pode representar 2.350.000 kWh/mês de energia elétrica. Considerando que uma residência gasta em média 250 kWh/mês de energia elétrica, o aterro de Biguaçu tem potencial para abastecer 9,4 mil residências com energia.

Já os aterros sanitários de Içara e Itajaí apresentam uma produção de biogás mais baixo, mas ainda assim, significativos. Segundo Takahashi, o aterro de Itajaí poderia produzir energia elétrica para 5,8 mil residências e o de Içara para 2 mil. Matheus Zaguini, um dos estudantes envolvidos no projeto, prevê que “a maior produção de biogás do aterro de Itajaí será em 2029, mesmo ano em que finaliza a deposição de lixo no local”.

No aterro sanitário administrado pela Santec, além de estudar a emissão do gás, a intenção foi analisar o tratamento de lixiviado, conhecido como chorume, cerca de 100 vezes mais prejudicial aos lençóis freáticos do que o esgoto.


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