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Economia

Caminho livre para a implantação das praças de pedágio

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Apesar da pressão contrária, o edital de concessão do trecho Sul da BR-101 foi adiante e na última sexta-feira o certame conheceu seu vencedor. A CCR apresentou uma tarifa básica de pedágio de R$ 1,9712, o que representa um deságio de 62,04%, e garantiu o direito de exploração da rodovia, mediante sua manutenção e melhorias.

O trecho a ser concedido tem 220,42 quilômetros de extensão e passa pelos municípios catarinenses de Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Treze de Maio, Sangão, Içara, Jaguaruna, Criciúma, Maracajá, Araranguá, Sombrio, Santa Rosa do Sul e São João do Sul. Para o empreendimento, estão previstos R$ 3,376 bilhões em investimentos e a estimativa de R$ 3,99 bilhões para custos operacionais (conservação, operação e monitoramento) nos 30 anos de duração da concessão.

Impactos
E quais serão os impactos para a economia da região? Neste momento, ainda é difícil projetar o cenário, pois o pedagiamento é algo novo para os sul-catarinenses. No entanto, é preciso ressaltar que o efeito imediato é uma tarifa bem abaixo do que se previa, já que o valor máximo estipulado era de R$ 5,19 em cada uma das quatro praças. A longo prazo, manter a rodovia em boas condições será primordial para o escoamento da produção, visto que o modal rodoviário continua sendo o principal eixo de transporte de cargas no país. E vai refletir positivamente no próprio custo do frete, na medida em que exigirá menos investimento na manutenção dos veículos.

Resistência
A implantação de pedágios no trecho Sul da BR-101 era visto como algo inevitável, porém, a concessão encontrou resistência, inclusive com ingresso de ação civil pública por parte de Associações de Municípios do Sul do Estado e da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) – uma comitiva com representantes da região também foi ao Tribunal de Contas da União (TCU) na tentativa de barrar o processo. A contestação era quanto ao número de praças e ao valor do pedágio, mas o pedido de suspensão do edital foi negado pela Justiça. Por outro lado, entidades empresariais, como a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), se opunham à judicialização, por eventuais prejuízos que poderia causar. Agora, o que se espera é uma união entre todos, para a fiscalização e a cobrança de que a concessionária cumpra os termos do contrato.

Expectativa
Fevereiro termina com a expectativa pelo anúncio do índice de crescimento econômico do Brasil em 2019, que deve ocorrer no início de março. As prévias indicam para menos de 1%, enquanto alguns analistas acreditam num percentual em torno de 1,3%. Nos primeiros dias de março também deve ser divulgada a inflação oficial de fevereiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e a esperança é de que se mantenha a queda registrada em janeiro, quando ficou em 0,21%.

Otimismo
A desaceleração da inflação anima os empresários, que projetam um cenário econômico promissor para o ano. “Esse percentual nos surpreendeu, mas mostra que estamos no caminho certo e confiantes de que as medidas do Governo Federal vão aumentar a oferta de empregos”, pontua o vice-presidente da Regional Sul da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Diomicio Vidal. Professor do curso de Ciências Econômicas da Unesc, o economista Alcides Goularti Filho é mais cauteloso. “Estamos há três anos com crescimento de 1%. Começamos sempre o ano bem, como em 2019, com a expectativa de terminar com crescimento de 2,5%, e terminamos com 1,1%, 1,2%. Mas é claro que uma inflação ‘civilizada’ é sempre um estímulo à economia. Espero que este ano se cumpra a expectativa de inflação baixa e também de crescimento econômico”, ressalta.

Varejo
O varejo nacional teve leve retração de 0,1% em dezembro, na comparação com novembro, interrompendo sete meses seguidos de avanço nas vendas. No acumulado em 2019, o setor cresceu 1,8% e fechou o terceiro ano consecutivo de taxas positivas, embora tenha havido uma desaceleração em relação a 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada no último dia 12 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com dezembro de 2018, houve avanço de 2,6% nas vendas, sendo que o varejo mostrou maior dinamismo no segundo semestre de 2019 (3,3%) do que no primeiro (0,6%), em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em dezembro teve decréscimo de 0,8% em comparação a novembro. Mas o acumulado do ano fechou em 3,9%.

Santa Catarina
No Estado, o comércio varejista restrito teve alta de 8,6% no volume de vendas e de 11,5% na receita nominal na comparação com 2018. Já o varejo ampliado avançou 10% e 12,4%, respectivamente. No mês de dezembro, o setor cresceu 8,4% no volume de vendas, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e teve variação nula em relação a novembro. A receita nominal variou 12,3% e 1,3%, nas mesmas comparações. Os números são mais uma mostra de como a economia catarinense é diferenciada e cresce acima da média nacional.

Serviços
Já o volume de serviços aumentou 1% em 2019, interrompendo uma sequência de quatro anos sem resultados positivos: 2015 (-3,6%), 2016 (-5,0%), 2017 (-2,8%) e 2018 (0%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada no último dia 13 pelo IBGE. O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de informação e comunicação, que acumulou alta de 3,3% no ano. Entre as atividades de informação e comunicação, a que mais influenciou o resultado positivo do ano foi o de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet. A atividade é um destaque também por apresentar um histórico de ganho de receitas, independentemente de crise no setor de prestação de serviços. Na passagem de novembro para dezembro, o volume de serviços variou -0,4%, a segunda queda consecutiva do setor.