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Economia

Colheita da pitaia segue até maio com perspectiva positiva

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Os produtores estão entusiasmados com a safra de pitaia. A colheita deve seguir até maio, mas os resultados até então apontam para números positivos. “A produção de pitaia demora para começar a dar bons resultados. Vai de três a quatro anos. Então por conta disso, já estávamos esperançosos com a realização da produção nesta temporada, mas o tempo colaborou bastante e foi muito além daquilo que estávamos prevendo”, conta um dos produtores da fruta em Içara, Ruan Darabas.

Morador da comunidade de Primeira Linha, Ruan espera de quatro e seis toneladas na lavoura. “Ainda não temos a contagem final dessa produção, até porque ainda tem colheita, mas a gente está prevendo isso, o que se realmente confirmado dará um número maior que no último ano”, informa o produtor. “Foi algo que se adaptou ao solo. É só ver os resultados, que estão melhorando ano após anos”, indica.

Quatro produtores em Içara

Conforme informações da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a pitaia somente começou a ser produzida na região Sul de Santa Catarina há sete anos. Mas, aos poucos, vem ganhando novos cultivadores. Na região, já são 117 famílias dedicadas ao plantio.

“Em Içara, nós conhecemos quatro famílias que produzem pitaia. Essas são as que a gente acompanha e que sabe que de fato produzem”, explica o agrônomo da Epagri em Içara, Luiz Fernando Búrigo Coan. “Pelas informações que nós temos, os produtores estão conseguindo produzir cerca de 20kg por pé, o que é algo bastante considerável. Foi um ano em que não houve qualquer problema. E isso tudo faz com que seja possível planejar que os próximos anos também possam ser bons”, acrescenta o agrônomo.

Espécie é considerada muito resistente

“Esta é uma planta muita rústica, que não é suscetível a doenças e sofre muito pouco com ataques de pragas. Desta forma, seu manejo é mais simples que outras culturas e o custo de produção menor, já que dispensa agrotóxicos e se desenvolve bem com adubo orgânico”, enumera a extensionista rural da Epagri em Criciúma, Lidiane Camargo.

A fruticultura é uma vocação natural da região e muitos produtores de maracujá acabaram migrando para a pitaia em virtude das vantagens. “O manejo das duas frutas é similar”, explica Lidiane. Segundo ela, houve também quem deixasse a fumicultura para aderir ao novo cultivo, muito menos prejudicial para a saúde do agricultor e de menor impacto ambiental.

O bom valor agregado da pitaia é outro atrativo para os agricultores, além do mercado, que é crescente. “Tem muita gente que ainda nem conhece a fruta. Boa parte da produção do Sul do Estado fica no comércio local, mas já há produtores vendendo para outras praças, como Curitiba (PR) e São Paulo (SP)”, cita.