A queda das temperaturas e a corrida às lojas pelas TVs de alta definição para assistir à Copa do Mundo aqueceram as vendas do comércio catarinense no mês de maio. O incremento foi de 4,6% frente a abril, segundo balanço mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC/SC), termômetro das compras a prazo no varejo. “A tendência é de que o volume de consultas ao banco de dados do SPC se mantenha elevado. Viramos a página em relação a 2009 e o movimento lojista está otimista para o segundo semestre”, destaca Ivan Roberto Tauffer, presidente do conselho do SPC de Santa Catarina.
De janeiro a maio, o varejo estadual vendeu 2,9% a mais comparado ao mesmo período do ano passado. O volume de cheques sem fundo ainda teve uma redução: em março 6,7% foram devolvidos frente aos 6,4% de abril. “Quanto menos cheques sem fundo rodando, melhor para o comércio. Esse meio de pagamento ainda é o que mais onera o lojista devido ao índice de inadimplência”, diz Ivan.
A recuperação da indústria e a sinalização de crescimento para o ano são considerados pela Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL SC) – gestora do SPC/SC –, fatores-chave também para o bom desempenho do comércio. “Quando a indústria cresce, sinaliza que na ponta da cadeia o consumo está aquecido. Além disso, temos o aumento da geração de empregos no estado”, assinala Ivan. Ele complementa que, diferente de 2009, os lojistas catarinenses estão mantendo um estoque mais elevado: “não se trata de um super estoque, mas com certeza temos uma reserva maior do que na época da crise”, conclui.
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