O Primeiro Leilão da Massa Falida da Cerâmica Vectra, realizado na tarde de quarta-feira, dia 5, não obteve nenhum interessado em arrematar o primeiro lote, correspondente a todo o complexo da Vectra. Também não houve nenhum arremate para os dois terrenos em Criciúma e dos automóveis da falida Vectra.
Com o desinteresse, a Coopervetra entrega nesta quinta-feira, às 14h30, em reunião com o Juiz Fernando Ritter, o Plano de Recuperação Judicial para evitar que os mais de 80 trabalhadores diretos permaneçam parados. O objetivo é voltar a produzir os listelos e evitar as demissões, que seriam muito ruins para a cidade de Içara.
"Não acreditamos que o leilão seja a melhor saída. Isso porque, a dívida ultrapassa os R$ 60 milhões. Se vender a Massa Falida no segundo leilão (que acontece dia 19) o valor não deve passar dos R$ 6 milhões, isso é 10% da dívida. Não vai dar para pagar nem os encargos trabalhistas e os principais credores. Nós entramos com um pedido de agravo, que pode sair a qualquer momento para colocar fim ao Leilão. Enquanto aguardamos vamos buscar, através da apresentação do Plano de Recuperação Judicial, priorizando o pagamento dos ativos trabalhistas e mostrando como vamos quitar os credores, a volta dos trabalhadores e o retorno da produção", explica o advogado da Coopervectra, Lino João.
Na cooperativa a notícia de não haver interessados no leilão foi comemorada. "O fato marcante deste leilão é que ninguém se manifestou pela compra do complexo da Vectra. Quem foi ao Fórum estava interessado em bens menores que a massa falida possui. Estamos confiantes que a Coopervectra vai voltar a produzir no local, gerando emprego e renda para a cidade" afirma Danilo Rufino, presidente da Coopervectra.