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Economia

Criação de avestruzes ganha espaço na economia içarense

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Sócios da Cooperativa dos Criadores de Avestruzes do Estado de Santa Catarina (Coopercasc) estiveram reunidos na última semana, em Otacílio Costa, no Planalto Serrano. Lá, conversaram sobre assuntos ligados à exportação da ave. Segundo informações do presidente da Coopercasc, Laudelino Sareo, um contrato com uma empresa do Paraná poderá ser fechado nos próximos dias. O acordo trará para os sócios da Cooperativa a garantia de venda da carne de até 1,5 mil aves por mês. “A Coopercasc entregará a carne já embalada e essa empresa do Paraná se encarregará de comercializar”, explica.

Criar avestruz é uma atividade econômica que vem crescendo bastante em Santa Catarina. Em Içara, alguns produtores já estão investindo no ramo. Este é o caso dos sócios Valmor José da Silva e Santo José da Silva. Há quatro anos, os dois mantêm uma criação que hoje já abriga mais de 70 avestruzes.

Para poder entrar no ramo, foi preciso um investimento de quase R$ 50 mil. “Como qualquer criação, o avestruz requer muito cuidado e dedicação. Eles precisam de ração especial, de verduras e de um lugar próprio para a procriação. Para poder comercializar a carne, é preciso obedecer as normas da fiscalização”, comenta Valmor enquanto brinca com as crianças, como prefere chamar as aves.

No criadouro dos irmãos, há um lugar específico para a procriação (onde casais são separados dos outros), para as aves que seguirão para o abate, os recém nascidos, e para os ovos, que ainda serão encubados. A expectativa dos criadores é que o número de aves aumente ainda mais até o final do ano.

A carne de avestruz está cada vez mais presente nos lares catarinenses. Há uns três anos, um quilo de carne da ave era comercializado no valor médio de R$ 50. Hoje, o consumidor encontra a carne por até R$ 25. A ave é considerada pronta para o abate quando completa um ano e pesa em média 100 quilos. “O gosto da carne é o mesmo de filé mignon, e o ovo se parece com o de galinha, só que com uma pequena diferença: ele chega a pesar um quilo”, compara Valmor.

Além da comercialização da carne, as penas das aves ganham cor e brilho e passam a fazer parte das fantasias de quem desfila no carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo. O couro também é comercializado. “Temos uma estilista que já está trabalhando no projeto de fazer bolsas com o couro da ave”, finaliza o empresário.