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Desafios do aparelho de TV frente ao YouTube

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Não gostou do clipe? Quer ver outro? Todavia, a televisão não permite esta intervenção em canais abertos? O que fazer? A opção já está disponível em aparelhos digitais. Ou, na Internet, antes mesmo de toda a discussão de que modelo o Brasil iria adotar para a mudança no padrão de emissão do sinal em canais fornecidos sob concessão.

Isto significa que a solução para uma nova relação entre emissor e receptor já foi desenvolvida. Basta agora ser disseminada. O problema é a exclusão digital. “Como na história de qualquer veículo de comunicação, a Internet está caminhando para encontrar a fórmula mais interessante e amigável para seus usuários”, avalia Leonardo de Souza Moura, especialista no impacto da rede principalmente no jornalismo.

O YouTube (www.youtube.com) revela inclusive um novo potencial para exploração comercial. Através de anúncios nas páginas, a estrutura é mantida e ainda pode gerar lucro aos criadores de conteúdo. Não é diferente para músicos e artistas que, com as novidades tecnológicas, perderam em venda de CDs e DVDs. Mas, agora conquistam espaço na web para manter a rentabilidade financeira.

Através da análise do material exibido na Internet, é possível inclusive aumentar a eficácia na venda de links com o surgimento de alternativas relacionadas automaticamente. Além do Google, Uol e outros portais também desenvolveram tecnologia para esta interação entre o conteúdo das páginas e os comerciais exibidos nela. Para Leonardo, “a diferença do conteúdo da grande rede para os demais veículos de comunicação é a capacidade de ser aprofundado”. “Quem escolhe quando e onde clicar é o internauta”, pontua o autor do livro “Como escrever na rede”.

Brasileiro, de 22 anos, sendo destes 11 vividos nos Estados Unidos. Joe Penna é um exemplo do novo mercado cultural existente. Mais de 740 mil perfis do YouTube o seguem pela Internet. Conforme relatado por ele ao portal Uol (www.uol.com.br), tanta popularidade já rendeu até mesmo um apartamento de dois dormitórios em Los Angeles.

Com uma conexão de banda larga, é possível criar uma lista de reprodução e assistir ao conteúdo desejado sem intervalos comerciais. Há opção para visualizações em diferentes qualidades de vídeo. Trata-se de uma televisão digital sem necessidade de equipamentos diferenciados para a recepção, tampouco limite de cobertura e possibilidade de interferências no produto.

Além disso, converge ferramentas elaboradas para a própria plataforma web. Canais de televisão são transformados em páginas de vídeos on-demand com integração de blogs e opção de comentários. Tanta interatividade pode render mais de meio milhão de reais por ano aos produtores de conteúdo. O retorno do espectador é impulsivo e imediato.

A versatilidade do YouTube - criado em 2005 por Steve Chen, Chad Hurley, e vendido ao Google em 2006 – já atrai fabricantes de televisores. Os aparelhos estão cada vez mais recebendo softwares e transformando-se em computadores. Os players seguem neste mesmo caminho. O modelo BD-C6800, da Sansung, por exemplo, tem acesso a Internet. E, carrega widgets de parceiros, entre eles, do Facebook, Youtube, Terra TV, CyberCook, Terra News, Terra Photo, Terra Weather, Terra Ticker, ESPN Brasil, Twitter, Maplink, Getty Images, Picasa e History Channel.

De fato, enquanto se fala em televisão digital no Brasil, o melhor modelo já está na Internet, acessível a uma minoria de pessoas. Mas, não será muito diferente com a interatividade projetada para as emissoras sob concessão. Os caminhos são os mesmos, com preços relativos à proximidade dos lançamentos dos equipamentos. As duas apresentações do conteúdo mostram também convergência. O YouTube é um exemplo. Já tentou veicular programas ao vivo. E, emissoras seguem na direção oposta ao também disponibilizar os programas na Internet.

Rede. Esta é a palavra-chave. No futuro, tudo estará em cadeia, interligado, conectado, relacionado... O computador já virou televisão. E o aparelho televisor está virando um computador. Quando esta troca for ainda maior, a democratização da mídia então poderá evoluir inclusive para uma nova relação educacional, já que o ensino à distância poderá ser acessado por ainda mais brasileiros. Não que esta opção não exista. Mas, ela ainda não alcança as camadas mais necessitadas da nação. Conforme o educador Paulo Freire, não existe receptor que seja somente receptor. É preciso criar caminhos de retorno e “dar voz a quem antes era um povo paciente”.