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Economia

Dia das Mães trará um alento ao comércio?

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Já considerado o “segundo Natal”, o Dia das Mães deste ano assumiu ainda mais relevância para o comércio, que vê na data comemorativa uma possibilidade de mitigar os prejuízos acumulados durante a pandemia de coronavírus. O setor, o terceiro na geração de empregos no Estado (fica atrás da indústria e dos serviços), foi um dos que mais sofreu com a quarentena e ainda enfrenta severas restrições de funcionamento, com a nova rotina adotada para prevenir a disseminação do vírus.

Ainda assim, os lojistas acreditam que as vendas podem reagir em maio. Em Içara, o comércio investe em uma ação especial que vai contemplar três consumidores com R$ 400 em vale-compras, estimulando os negócios locais. A promoção envolverá quase 200 lojas e empresas associadas à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

Além disso, o Sábado Total virá em dobro, nos dias 2 e 9. “Maio é historicamente o segundo melhor mês do ano e esperamos poder manter o mesmo movimento do último ano”, afirma Alexandre Fernandes, presidente da CDL de Içara.

Mobilização
As promoções são importantes, assim como o movimento que tenta fomentar a valorização das empresas locais, e a data tem grande apelo junto ao público. No entanto, a mobilização precisará ser reforçada, pois os consumidores se mostram pouco propensos a comprar neste momento, como mostram os números de uma pesquisa realizada pela Fecomércio-SC em relação à Páscoa.

Más notícias
Conforme o levantamento, o valor do tíquete médio ficou em R$ 67, com a maior média em Chapecó (R$121,20). Criciúma teve o menor tíquete médio do Estado: R$ 37,30, contra R$ 118,89 do ano anterior. Analisando os dados de 2019 (R$103,47), a queda foi de 35,2%. A variação do faturamento, em relação à Páscoa anterior, foi negativa em 5,1%. Apesar disso, em comparação aos demais meses do ano, a variação foi positiva em 5,5%. Em Criciúma, houve queda de 20,5% em relação ao ano anterior e de 15,9% na comparação com os outros meses do ano.

Segmentos
A Páscoa é uma das principais datas no calendário do varejo, para o comércio também de brinquedos, flores e roupas. Porém, com a suspensão das atividades de estabelecimentos considerados não essenciais, apenas as lojas especializadas em chocolates puderam abrir, bem como mercados, supermercados e hipermercados, que continuaram funcionando durante a quarentena. Dessa forma, a Fecomércio SC realizou a pesquisa com 238 empresas apenas desses segmentos.

Análise
Conforme a análise da entidade, a queda foi motivada pelo receio do consumidor em dois âmbitos: saúde e economia. A recomendação no Estado foi de distanciamento social como principal forma de prevenção ao coronavírus. Apesar de o cenário ter incentivado diversos estabelecimentos a vender de forma on-line, as pesquisas de comportamento do consumidor feitas pela Fecomércio demonstram que o catarinense prefere a compra física. No âmbito econômico, os consumidores tendem a ser mais cautelosos em cenários incertos e de crise, evitando compras que considerem desnecessárias ou que comprometam a renda em longo prazo. Esse comportamento pode ser observado na preferência majoritária pelo pagamento à vista (93,7%) nas compras de Páscoa.

Campanha
Ivan Tauffer, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), ressalta o tema da campanha deste ano: “Perto ou longe o importante é estar presente”. “As mensagens estão repletas de otimismo e estímulos ao comércio local, que continua lutando para sobreviver em meio à crise da pandemia e reúne suas forças para atender com a atenção de sempre, dentro do que as circunstâncias permitem. Às vésperas de uma grande data comemorativa, o Dia das Mães, celebrado no segundo domingo de maio, os lojistas usarão sua criatividade, determinação e estarão à disposição para receber os familiares que desejam demonstrar seu afeto por intermédio de uma lembrança ou presente”, salienta.

Crédito
Devido à crise provocada pela Covid-19, empresas de todos os portes têm recorrido a linhas de crédito para honrar seus compromissos e continuar de portas abertas. Para facilitar o acesso dos empreendedores a financiamento de capital de giro, a Caixa e o Sebrae assinaram um acordo que cria uma linha especial de R$ 7,5 bilhões. O montante será disponibilizado pelo banco e os contratos garantidos pelo Sebrae, por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). A nova linha é especial, já que conta com taxas e prazos diferenciados. Ela está disponível para empreendimentos dos setores de indústria (inclusive agroindustriais), comércio e serviços, enquadrados como MEI – Microempreendedores individuais, com faturamento anual de até R$ 81 mil; ME – Microempresas, até R$ 360 mil; ou EPP – Empresas de Pequeno Porte, com faturamento/ano de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões. Os empreendimentos devem ter pelo menos 12 meses de faturamento e não haver nenhuma restrição de CPF nem de CNPJ.

Demissões
O Sebrae/SC divulgou, na última semana, a segunda edição da pesquisa que apresenta o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia do Estado. De acordo com a sondagem, a qual analisou o universo dos pequenos negócios e das médias e grandes empresas, cerca de 406 mil pessoas podem perder seus empregos devido à crise provocada pelo vírus. Dos 4.348 empresários ouvidos, de todas as regiões do Estado, nos dias 13 e 14 de abril, 34,45% afirmaram terem feito, em média, duas demissões desde o dia 18 de março, quando passou a valer o primeiro decreto de isolamento social publicado pelo Governo do Estado. A medição anterior, divulgada pelo Sebrae/SC no começo do mês de abril, apontava que 19,48% dos entrevistados haviam demitido. Em relação ao faturamento, 91% dos entrevistados apontaram uma redução média de 64,63%.