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Economia

Gestão da água divide opiniões

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A população terá a oportunidade de se manifestar sobre o polêmico tema da gestão compartilhada entre Samae e Casan. Uma audiência pública esta marcada para a próxima quarta-feira, dia 30, na Câmara Municipal de Içara. No Balneário Rincão, as opiniões se dividem. O principal argumento dos rinconenses, na maioria das vezes, é que com o Samae, a partir de 2012, toda a arrecadação proveniente do serviço de água e esgoto ficará no novo município.

Segundo o presidente da Associação de Moradores do Balneário Rincão (Ambar), Lázio Dionísio, não há necessidade de compartilhamento, pois com o Samae está sendo realizado um bom trabalho. Lázio é contra a gestão compartilhada e pretende expor os motivos pelos quais tem essa opinião em uma reunião na tarde deste sábado, dia 26, no Centro Comunitário do Rincão. “Queremos organizar os moradores da comunidade e as demais associações e entidades que são contra a gestão para no dia 29 de junho comparecer na Câmara. Um ônibus estará à disposição. E sairá às 18h30 da rua Paraná, no Centro do Balneário”, dispara ele.

Para o presidente do Samae, Paulo Preis Neto, é fundamental que a população debata o assunto. Segundo ele, a audiência pública servirá também para analisar a proposta da Casan. Mesmo sem ter uma opinião formada sobre o assunto, Paulo Preis revela que irá mais para ouvir do que para decidir. “Estou de passagem pelo Samae e quero o melhor para o município. Essas pessoas que são preocupadas com o futuro de Içara e também do futuro município de Balneário Rincão precisam comparecer para analisarmos juntos a proposta da Casan”, sugere. Ele ainda acrescenta que este é o inicio de um processo que ainda precisará da aprovação da Câmara.

O QUE É GESTÃO COMPARTILHARA? Segundo o presidente da Casan, Walmor Paulo de Luca, a gestão compartilhada está dando certo em vários municípios do Estado de Santa Catarina e teve inclusive o reconhecimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo ele, através deste projeto o município torna-se parceiro da concessionária dos serviços de abastecimento de água e saneamento básico. Nesse processo, todas as decisões sobre investimentos e obras são tomadas em conjunto com a comunidade local. “Com a gestão compartilhada é atendida uma antiga reivindicação das comunidades que é a possibilidade de decidir e selecionar as prioridades, além de acompanhar a aplicação dos recursos gerados pelos sistemas”, explica.


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