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Economia

Milho e feijão são as opções para a entre safra do fumo

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Com a colheita do fumo em dezembro de 2006, os agricultores de Içara utilizam a adubagem natural que o fumo proporciona ao solo, para o plantio de milho e feijão.

O município atualmente está entre os principais produtores de milho e feijão de Santa Catarina. Segundo estimativa de agrônomos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), neste ano devem ser plantados mais de mil hectares de milho, e mais de 5 mil hectares de feijão, que serão extraídos em meados de maio. O preço médio destes tipos de culturas está em torno de R$ 22 para o milho, e de R$ 35 para o feijão, que em 2006 teve um preço de até R$ 70 na saca de 60 kg. Uma boa parte da produção de grãos é destinada para o tratamento da pecuária içarense.

Segundo o agrônomo da Epagri, Roberto Francisco Longhi, “quem não for plantar feijão ou milho na entre safra do fumo, deve preparar o solo para o próximo plantio, afim de proporcionar maior qualidade para o fumo. É importante realizar neste período a adubação verde”. O tipo de tratamento do solo a qual Longhi se refere, é a plantação de espécies como a aveia, que produz material orgânico suficiente para tornar o solo mais rico em nutrientes. As folhas e raízes acabam adubando naturalmente o solo.

Alguns produtores ainda esperam que o preço do feijão aumente, e manterão a mesma produção de 2006, mesmo tendo ainda em estoque o grão plantado no último ano. “A terra já está preparada, estamos esperando o tempo melhorar para iniciar o plantio”, declara a agricultora, Marilene Studzinsk Novak, da Linha 3 Ribeirões, em Içara. Em sua propriedade, Marilene ainda tem estocado 70 sacos, com 60 kg cada. São 4,2 mil kg esperando uma melhora no preço para serem vendidos. “Manteremos a produção deste ano igual a do ano passado, esperando uma melhora no valor do feijão”, revela ela.

Para se ter um lucro bom, Marilene explica que deve-se produzir cerca de 30 sacas de feijão ou 120 sacas de milho por hectare, e o valor dos grãos deve ser em média R$ 60 para o feijão, e R$ 22 para o milho. O custo alto na manutenção, preparo e colheita do feijão acaba tornando-o menos lucrativo caso a produção seja mais baixa que os valores passados pela produtora. O milho, por precisar de menos preparos para o cultivo acaba sendo uma boa saída para manter o superávit da família.

A safra de fumo do último ano injetou cerca de R$ 52 milhões na economia içarense, com uma média de 4,5 mil hectares plantados. Foram quase 2,3 mil kg de fumo por hectare, com um valor da arroba (15 kg), de cerca de R$ 76.