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Economia

O mar não está para peixe

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Pescadores artesanais que integram a Colônia Z-33 estão ansiosos pelo primeiro sopro de vento sul para a vinda das tainhas. A temporada de pesca foi aberta oficialmente no último dia 15 e segue até 15 de julho. Mas, por enquanto as redes permanecem vazias. “Para nós ainda nem teve começo, os ventos já não são mais os mesmos”, lamenta René Feliciano Cardoso. Ele ainda não teve a oportunidade de soltar a rede no mar. Mas, assim que conseguir, já sabe o valor do pescado. Custará R$ 4 o quilo.

Na Colônia Z-33, a secretária Maria Aparecida Luciano explica um dos fatores que resultaram até agora na ausência do peixe. Segundo ela, a sujeira que desce do Rio Araranguá direto para o mar devido às chuvas interfere na pesca. “Isto afasta os cardumes e traz prejuízo aos pescadores”, acredita.

Em Laguna, o primeiro final de semana da safra teve aparições tímidas do peixe. Mas, boas notícias já foram anunciadas. Na região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, a pesca já começou farta. E, isto significa que os cardumes logo estarão no litoral catarinense, ainda mais com a instrução normativa do Ibama que delimita o uso de barcos industriais.

SAIBA MAIS - A pesca da tainha começa com a chegada do frio, quando os cardumes vão em busca de águas mais quentes. Os pontos de partidas são o litoral do Rio Grande do Sul e a bacia do Rio da Prata, entre Uruguai e Argentina, grandes berçarios do peixe. Mais de 50% dos cardumes não chegam até o Rio de Janeiro, destino final. É que eles acabam nas redes dos pescadores catarinenses. As tainhas são vistas em cardumes, pois é uma característica da fecundação, onde as fêmeas lançam os óvulos no mar.