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O que Içara pode esperar da usina de asfalto?

Portal Canal Içara procurou municípios que já adotaram a produção de asfalto em usinas próprias

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O Governo de Santa Catarina estabeleceu como parte da estratégia para melhorar as condições das rodovias catarinenses a instalação de usinas de asfalto em parceria com consórcios de municípios para tornar mais ágeis e de qualidade a manutenção das vias públicas. A Secretaria de Infraestrutura, em parceria com a Casa Civil, elaborou um plano de trabalho para padronizar os procedimentos e o Estado já garantiu recursos para a implementação, por exemplo, na região de Laguna (Amurel).

Sem contar atualmente com o apoio do Estado, Içara também desenvolveu um projeto para instalação da usina e está em fase de licitação a aquisição de equipamentos, garantida por emenda parlamentar. Mas o que o município pode colher de benefícios a partir das operações, previstas para começar no primeiro semestre de 2022?

“Içara, pelo número de habitantes que tem, seria pecar em não ter usina própria”, considera Eder Mattos, prefeito de Meleiro, município que conta com a estrutura desde 2017. “Meleiro recebeu mais de 60 visitas de prefeitos da região sudoeste do Paraná, Santa Catarina e da região serrana do Rio Grande do Sul, e muitos deles já aderiram à cultura de ter a própria usina de asfalto”, afirma.

Eder foi o mentor do projeto que levou à instalação da estrutura. “Quando assumimos, já tínhamos um pré-estudo que mostrava a viabilidade, para a produção de até 40 toneladas por hora. Com a materialização da usina foi possível perceber o quanto ela é importante para a agilização e economia nas obras”, declara.

“Em qualquer conta que se faça, nós avaliamos que o valor do metro quadrado aplicado gira em torno de 40% em comparação ao valor comercial. Também fizemos parceria com dois municípios vizinhos (para a compra de parte da produção), que pagarão uma compensação de 25%”, aponta.

Em Criciúma, a usina de asfalto também está em funcionamento desde 2017. “A usina de asfalto significa independência e redução de custos. O município para de depender de empresas terceirizadas para produzir o asfalto e pode produzir quando precisa e na quantidade necessária. É possível fazer um planejamento das obras, diminuindo a burocracia”, explica o gerente da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana do município, Julio Patricio.

“Em relação aos custos de produção, significa uma economia de 25%. Quando o município adquiria o asfalto, a tonelada custava em torno de R$ 330 a R$ 350. Com a usina, o custo baixou para R$ 230, R$ 240 por tonelada”, informa. No entanto, ele ressalta que há outras questões a considerar. “Tem a logística, que precisa ser bem coordenada, além da preparação do entorno, pois para a usina operar é preciso licenças ambientais e tem que respeitar normas de segurança. É necessário organizar o funcionamento, preparar a equipe e manter um caixa relativamente bom para a compra da matéria-prima”, enumera.