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Economia

Pescadores relatam dificuldades

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Na última terça-feira, dia 29, foi comemorado em todo o Brasil o Dia do Pescador. A pesca é uma das profissões mais antigas do mundo. Está presente nas histórias bíblicas e é uma das principais atividades econômicas de regiões litorâneas. Para acompanhar dia-a-dia de um pescador, na sexta, dia 25, a equipe do Jornal A Cidade deslocou-se até o litoral.

Everton Luiz Espíndola, morador da comunidade de Barra Velha, atua na atividade há três anos. Antes disso, pescava somente por hobby. Hoje é por uma necessidade. Everton conta que não recebeu o Defeso, pois ainda não tem um ano da carteira de pesca. “O defeso é uma boa ajuda, porque viver só de peixes não seria possível”, completa Francisco dos Santos, associado da Colônia de Pescadores Z-33 há mais de um ano. Ele tem no carro os adesivos e crachás de identificação para poder transitar com o automóvel livremente pela orla. É próximo do veículo que fica enquanto espera algum pescador puxar a rede do mar com peixes para então entrar na água.

Francisco usa rede de corrico. E já teve o instrumento de trabalho várias vezes danificado devido as redes de espera que são colocadas na mesma área que os pescadores costumam usar. Há uma polêmica em torno disso: existe uma área para pescadores com rede de corrico e outra somente para redes de espera. No entanto, esses limites não são respeitados.

Além de gerar confusão, existe ainda uma portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que determina que as redes de espera não deveriam ser mais utilizadas. Contudo a posição dos pescadores é que todos tenham espaço para pescar, desde que as placas que forem colocadas sejam respeitadas.

Outro problema vivenciado pelos pescadores artesanais são as embarcações. Elas vêm de cidades como Laguna, Itajaí e Florianópolis. E segundo o Ibama, devem permanecer a cinco milhas de distância da costa. Contudo, quando chega a noite, os barcos se aproximam da beira-mar, ficando muito próximos da costa. Tais embarcações desrespeitam tanto a legislação que até mesmo de dia se aproximam da praia, fato comprovado pela equipe do A Cidade.

Conforme o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, João Pícollo, “o Rincão é considerado um dos melhores pontos para a pesca da tainha. Por esse fato, tantos barcos se aproximam do Balneário”. Silvio Fernandes, dono do caminhão que percorre toda a costa catarinense afirma que “a safra da tainha está péssima este ano”. Encima da carroceria está a canoa, uma das 13 existentes no novo município. Junto com os pescadores, ele percorre toda a orla, em busca de um bom local para poderem entrar mar adentro com o barco.

Diante de tantas dificuldades, alguns pescadores até já pensaram em desistir. Entretanto, a alegria quando em meio a sujeira e ao lixo na rede encontram um peixe é maior que os problemas. Eles sabem que além do dinheiro garantido, terão também alimentação para suas famílias. E muita história para contar.


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