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Economia

Porque o estado tem a maior inadimplência do Brasil?

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A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e a Boa Vista divulgaram números muito interessantes na última sexta-feira, dia 14, referentes à inadimplência em Santa Catarina. Os dados mostram que o Estado fechou 2019 com aumento de 8,8% na inadimplência, o maior índice do país – no Brasil, o Indicador de Registros de Inadimplentes teve queda de 2,6%. Mas o que explicaria isso? Por incrível que pareça, o próprio crescimento econômico catarinense. O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, lembra que Santa Catarina vem em recuperação ascendente no mercado de trabalho. “A volta da empregabilidade e renda afeta também o consumo, a contratação de crédito e as dívidas”, aponta.

A avaliação é corroborada pelo economista da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues. “A economia de Santa Catarina cresceu em 2019 três vezes mais que a média nacional. Um dos impactos dessa recuperação é o crescimento do volume de vendas do comércio varejista, que foi de 13,5% em 2017, 8,1% em 2018 e 8,6% em 2019. Como o setor é um dos mais atrelados à questão da inadimplência do consumidor, esse crescimento das vendas pode expressar que parte dos consumidores catarinenses, depois de alguns anos, começam a apresentar problemas com relação ao pagamento de seus compromissos anteriormente contratados”, analisa.

Recuperação do crédito
Por outro lado, o Estado também encerrou o ano de 2019 com crescimento de 6,3% no Indicador de Recuperação de Crédito do Consumidor, o sétimo maior do país. É o segundo ano consecutivo de crescimento no índice e o maior resultado desde 2012. Entre as dez cidades pesquisadas, a variação foi maior em Blumenau (30,8%), Criciúma (25,9%) e Tubarão (25,5%), enquanto Florianópolis registrou o menor crescimento entre as cidades (7,6%). No Brasil, o indicador recuou 2,7%, em comparação ao ano de 2018.

Motivos
O desempenho catarinense na recuperação de crétido também é creditado à recuperação do crescimento econômico, de emprego e da renda. “Esses fatores econômicos são condicionantes a um reequilíbrio mais vigoroso das dívidas e esse movimento da recuperação do crédito segue um ritmo mais acelerado no Estado do que pelo lado da inadimplência, já que é o segundo ano consecutivo de crescimento, e também um dos maiores do país”, ressalta o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

Atendimento
O problema não é novo, mas parece que a solução ainda está distante: o mau atendimento no comércio. O depoimento aqui é sobre uma situação vivida em Criciúma, mas certamente se aplicaria a outras cidades e serve de alerta aos comerciantes sobre como seus clientes podem estar sendo mal tratados por ser vendedores, profissionais que são fundamentais para o setor. Para o consumidor é inaceitável entrar em uma loja – e não importa se está cheia de eventuais compradores ou vazia –, permanecer dez minutos por lá e sair sem receber sequer um “já te atendo”. Ser ignorado só não é pior do que ser tratado de forma mal-educada, ou para alguns seja sim. Também não é agradável ver que o vendedor nem se esforça para conquistar o cliente e efetuar a venda. Ou seja, atende, mas pouco se importa sobre seu interesse pelo produto e se vai adquiri-lo ou não.

Comércio eletrônico
O mais irônico sobre esse relato é que os dois casos ocorreram em plena Megaliquidação, a promoção conjunta do comércio de Criciúma para alavancar as vendas em fevereiro. Em ambos, as lojas físicas perderam para o comércio eletrônico, que não só pratica um preço melhor como promove um atendimento rápido, ágil, descomplicado. Pela internet, em poucos minutos é possível obter todas as informações sobre o produto desejado, pesquisar preços em diversas lojas, encontrar a melhor oferta, comprar, escolher a melhor forma de pagamento e acertar a entrega, sem precisar lidar com o desinteresse – ou mau humor – dos vendedores. É por isso que o comércio eletrônico ganha cada vez mais espaço. E você, lojista, se sentir que o desempenho de sua empresa está abaixo do esperado, comece fazendo uma análise sobre o atendimento que é oferecido.

Experiência em Içara
Particularmente, também já vivi uma experiência desagradável em Içara, relacionada ao mau atendimento. Como a situação se repetiu, passei a comprar em outro estabelecimento. No entanto, é preciso ressaltar que esse foi um caso isolado: nas outras vezes que fui ao comércio içarense, recebi um atendimento excelente.

Bons exemplos
Mostrar educação é o mínimo que se exige dos vendedores, mas alguns vão muito além e fazem o cliente realmente sentir-se bem-vindo e motivado a comprar. Isso gera também uma boa publicidade, pois a experiência com certeza vai ser compartilhada pelo consumidor com sua família e amigos. Também de Criciúma, trago um exemplo que é simples e, ao mesmo tempo, genial. Um supermercado (cujo nome vou omitir porque a intenção é ressaltar a ação e não a rede) colocou na seção de hortifrútis uma mesa com frutas, devidamente embaladas e com ótimo aspecto, grátis para as crianças. É uma ideia muito bacana porque incentiva a alimentação saudável, além de ser um mimo para o cliente e um estímulo para que ele acabe comprando o produto.

Centro de Inovação
Representantes da Unesc, da prefeitura de Criciúma e do Governo Estado reuniram-se na última quinta-feira (13), tendo em pauta o Centro de Inovação da Região Carbonífera. O encontro encaminhou questões burocráticas e definiu prazos para finalização da documentação e início dos trabalhos no prédio que abrigará o equipamento. Com projeto já bem encaminhado, as perspectivas do grupo apontam para que a assinatura do contrato final para o serviço seja realizada até o mês de abril e, com a liberação dos recursos, que as obras sejam iniciadas na sequência. O Centro de Inovação tem um comitê, formado por representantes de diversas entidades e instituições, para acompanhar o projeto. Mas se a ideia é ter um equipamento regional, é preciso que os municípios da região também façam parte do processo.

Microempreendedores
Já abordamos aqui a importância do apoio aos empreendedores, para que possam manter suas atividades e gerar emprego e renda. Pois os microempreendedores individuais (MEIs) são isentos de taxas municipais, conforme a legislação nacional e também municipal. O assunto foi tema da primeira reunião do novo núcleo da Associação Empresarial de Içara (ACII), em roda de conversa realizada nessa terça-feira (18), com a participação do contador Júlio César Crescêncio.