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Economia

Promissora alternativa nas folhagens

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Segmento tradicional na região Norte de Santa Catarina, aos poucos os produtores do Sul investem no cultivo de folhagens, flores exóticas e espécies variadas de plantas. Pioneiro no mercado local, o casal Darcioni e Edna Niero, da localidade de Linha do Meio, em Içara, investe há mais de uma década em uma produção diversificada de folhagens e Zantedeschia aethiopica, popularmente conhecida como Copo de Leite.

“Nós plantávamos fumo, maracujá e uva, mas a partir de 2001 a produção de flores e folhagens foi crescendo gradativamente. As floriculturas estavam pedindo cada vez mais, aí vimos que era um bom investimento”, explica Niero. As flores não crescem em épocas de muito calor, por isso a produção se resume de maio a dezembro. Já as folhagens podem ser produzidas ao longo do ano.

Atualmente o casal contabiliza uma média de 150 dúzias de Copo de Leite por semana, abastecendo mercados em toda a região. “A flor de corte é um grande mercado, se houvessem mais investimentos daria para produzir mais. Tem muita gente que traz de outros mercados, principalmente de São Paulo, o que acaba encarecendo muito a produção”, destaca Edna.

Trabalhando com feijão, milho, fumo e hortaliças desde adolescente, o agricultor José Carlos Budny resolveu mudar de foco após participar de uma feira. Duas décadas depois, ele acumula o cultivo de cinco mil mudas, abrangendo mais de mil espécies de orquídeas e bromélias. “Eu já estava pensando em mudar de produção, quando vi achei bonito, me identifiquei com essa produção”, conta.

Segundo ele, o trabalho imposto na produção de flores exóticas é o dobro do exigido em outras culturas. “Além de produzir, é necessário vender. É um produto que demora a crescer, a gente semeia e leva quase oito anos para dar flor. Ninguém quer começar um negócio pensando no lucro daqui a dez anos”, elenca. “Todas as culturas, principalmente as não exploradas, com certeza dão certo. O que falta é investimento, trabalho e paciência”, frisa.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri de Içara, Luiz Fernando Búrigo Coan, este segmento impõe peculiaridades. “Tem que haver muita afinidade com o produto. O mercado de vendas é muito estreito. Não é um tipo de negócio para todo mundo”, reconhece. Para ele, a falta de tradição no cultivo também é um entrave. “Todo o mercado, distribuição e logística, está mais na região Norte do Estado. Lá a produção de flores é muito mais cultural que aqui”, aponta.