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Economia

Quando o Brasil vai se livrar do PIBinho?

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Era essa a resposta que os brasileiros esperavam, após mais um ano de fraco crescimento da economia nacional. Enquanto os mais pessimistas já acreditavam em um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de no máximo 1% de alta e os mais otimistas apontavam para um aumento de 1,3%, o índice ficou em 1,1% em 2019, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira, dia 4. Diante disso, caberia ao Governo Federal, sobretudo à equipe econômica, explicar aos brasileiros o que levou a mais um ano de PIBinho, quais as medidas para tentar acelerar o crescimento e quando o país poderia voltar a registrar índices melhores.

Circo
Em vez disso, numa atitude de desrespeito total aos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro apareceu ao lado de um comediante – caracterizado como ele mesmo, na gravação de um quadro humorístico – e usou a situação para se esquivar das perguntas em relação ao PIB. Se a ideia era tripudiar a imprensa, que justamente o questionou sobre isso, o circo armado por uma emissora de televisão, com a aprovação do presidente da República e de seus assessores diretos, acabou atingindo todos os brasileiros, ainda não totalmente recuperados dos efeitos negativos provocados pela recente crise econômica. Lamentável. E antes do ataque dos bolsonaristas de plantão, esclareço que essa crítica é à atitude e não à pessoa do presidente, de quem se espera, no mínimo, uma postura de respeito.

Cortina de fumaça
No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para falar sobre o PIB e a reunião que teve com empresários em São Paulo. Segundo ele, levando em conta a avaliação do empresariado, a economia está “muito bem”, utilizando as matérias relacionadas ao fraco desempenho econômico para um novo ataque à imprensa. A impressão que fica é que, tanto o episódio de quarta-feira quanto a live foram usadas como uma cortina de fumaça, para desviar o foco do “pibinho”.

Por outro lado...
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, não fugiu às perguntas sobre o PIB. Segundo ele, o crescimento de apenas 1,1% para o primeiro ano de mandato já era esperado e a projeção para 2020 é chegar a 2%, mesmo com os eventuais impactos causados na economia mundial pelo coronavírus. Mas, de acordo com o ministro, esse patamar só será alcançado se as reformas propostas pelo governo forem aprovadas. Na avaliação de Guedes, apesar de o crescimento do PIB em 2019 ter sido menor que o dos dois anos anteriores, a economia brasileira está se acelerando e apresentando sinais de recuperação.

Os números
Conforme os números divulgados na última semana pelo IBGE, o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país) fechou 2019 totalizando R$ 7,257 trilhões, dos quais R$ 6,21 trilhões se referem ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,04 trilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Trata-se do terceiro resultado positivo, após as altas de 1,3% de 2017 e de 2018, que interromperam as quedas de 2015 e 2016. O PIB per capita variou 0,3%, em termos reais, alcançando R$ 34.533 em 2019. “A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”, informa Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Crescimento
O setor de serviços cresceu 1,3%, puxado por atividades de informação e comunicação (4,1%), atividades imobiliárias (2,3%), comércio (1,8%), outras atividades de serviços (1,3%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,0%) e transporte, armazenagem e correio (0,2%). A atividade de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) se manteve estagnada no ano. Na indústria, a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 1,9% em relação a 2018, puxada pelo crescimento de 1,6% na construção. Já o destaque negativo ocorreu em indústrias extrativas, com queda de 1,1% no ano. Indústrias de transformação ficaram estáveis, em 0,1%.

Investimentos e consumo
A taxa de investimento no ano de 2019 foi de 15,4% do PIB, ligeiramente acima do observado no ano anterior (15,2%). A taxa de poupança foi de 12,2% em 2019 (ante 12,4% em 2018). Entre os componentes da demanda interna, houve avanço no consumo das famílias (1,8%), e na formação bruta de capital fixo, em 2,2%. O consumo do governo recuou 0,4%.

Rosas
As mulheres que foram ao comércio de Içara no último sábado tiveram uma surpresa preparada pelos lojistas da rua Marcos Rovaris. Elas receberam rosas de presente, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O gesto foi repetido pelo menos 500 vezes nas lojas participantes do Núcleo do Sindilojas voltado para a área conhecida também como o “shopping de Içara”, pela variedade de lojas. É uma ação simples, que possivelmente não gera aumento imediato no volume de vendas, mas certamente fideliza a cliente e pode reverter em faturamento no futuro.