Com a recuperação da economia, que dá os primeiros sinais de melhora, a expectativa é de que os aluguéis também melhorem. Mas a palavra de ordem ainda é cautela. Em Içara, por exemplo, salas comerciais na área central permanecem fechadas por mais de um ano. “É um mercado que sofre muito rápido com os efeitos de uma crise, mas que demora muito mais para voltar a reagir, porque depende muito da confiança das pessoas”, estima o conselheiro do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), José Mondardo.
“Dentro do contexto atual, Içara tem uma possibilidade de recuperação muito grande, maior do que em outros municípios. Isso deve-se ao fato de a cidade ter uma economia forte”, observa. “Todo o imbróglio político prejudicou a economia e vivenciamos a situação atual, mas a sociedade em geral já deu mostras que quer agir de forma independente. Somos movidos pelo que pensamos e o nosso pensamento é que esta fase ruim vai embora”, aponta.
Em virtude da recessão econômica, Mondardo avalia que, somente em sua empresa, houve redução de 20% nos aluguéis de salas comerciais/empresariais nos últimos dois anos. Uma situação semelhante é registrada quanto aos aluguéis residenciais. “Hoje se tem mais oferta de mão de obra do que de emprego. Isso é um reflexo negativo. A partir do momento que pelo menos equilibrar esta situação, então o ramo deve crescer novamente”, acredita.
“Como já estamos no fim do ano, acreditamos que a recuperação de fato vai acontecer apenas em 2018. Mas já há um otimismo para que isso ocorra”, informa o responsável pelo setor de contratos de outra empresa, Ederval da Silva. De acordo com ele, neste período de recessão, algumas medidas precisaram ser tomadas para reduzir o impacto. “Houve, por exemplo, muita renegociação. Com pessoas que já estavam na sala, foi preciso renegociar os detalhes de contrato no momento da renovação para conseguir manter a locação”, relata.
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