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Economia

TransGas se propõe a solução hidrológica

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Além da TransGas, a implantação de uma fábrica de fertilizantes no Brasil terá a participação da ACS, ThyssenKrupp e The Unde Group. O mesmo grupo já possui licença para três plantas nos Estados Unidos. Todas com classificação de baixa emissão de poluentes conforme apresentado pelo staff da carboquímica na Câmara Municipal de Içara nesta segunda-feira, dia 1. Para a implantação na cidade, o compromisso agora é desenvolver soluções que evitem a falta de água. Por ora, entre as sugestões está tratar o esgoto do município ou colocar a água retirada da mina no sistema hidrológico. “Se não pudermos resolver o problema, não construiremos na cidade”, indica o fundador Adam Victor.

Nos Estados Unidos, a necessidade de trabalhar junto com a comunidade também fez a empresa se adequar. A montagem de uma usina de energia de mil megawatts foi levada a 40 metros abaixo da superfície para proporcionar um parque. Além disso, o empreendimento distribuirá 25% de todo o vapor utilizado em Manhattan. O projeto foi construído para não parar nem mesmo num furacão ou ataque terrorista. “Conseguimos atrelar a necessidade da comunidade com o projeto”, enaltece. Por lá, a reposição da água potável foi realizada com um segundo tratamento do esgoto.

O processo de gaseificação da TransGas já é utilizado também para a produção de gasolina. No Brasil, servirá então para a transformação em fertilizante com trato de amônia e ureia. Segundo apresentado por Adam, a diferença dos processos ocorre apenas no final. A quebra das moléculas inicia com a queima do carvão através de energia elétrica. A cadeia produtiva também utiliza água para as reações químicas. Neste aspecto, o volume de esgoto produzido na cidade já seria suficiente. O enxofre e o dióxido de carbono, por vez, são comercializados separadamente. Este processo já representa 18% do nitrogênio utilizado no mundo.

“O Brasil se transformou num celeiro de grãos. Mas para poder manter este crescimento, precisa de fertilizante. A nossa fábrica terá uma produção anual de 2,1 milhões de toneladas de ureia. É uma parcela significante de todo o nitrato de amônia que o Brasil importa. No ano passado foram 4,5 milhões”, coloca. A estimativa é que a primeira unidade na América do Sul leve cerca de três anos para ficar pronta. Serão necessários quase 5 mil trabalhadores na montagem. Já na fase de operação, estão projetadas 500 vagas de alta performance. O cálculo é que o empreendimento fomente outros 1,2 mil postos de trabalho indiretos.

Já há também uma negociação com o Estado para a instalação de um segundo gaseificador para produzir gás natural. “Somos uma empresa que faz projetos de energia elétrica, vapor e agora de fertilizantes. Não somos uma empresa de mineração de carvão. Nos Estados Unidos compramos. No Brasil também não vamos minerar. Queremos a reserva para garantir a estabilidade, mas contrataremos empresas para isso”, complementa. "Com a manutenção adequada, os gaseificadores tem durabilidade de mais de 30 anos", indica o representante da ThyssenKrupp, Michael Kaiser.

Segundo Adam, um dos motivos pela preferência pela cidade é que o problema já está delimitado. “O país é muito grande e é improvável que eu não ache outro lugar. Mas a minha vontade é pelo município. Vou tentar o melhor de mim e contratarei os melhores do mundo em hidrologia. Não vamos compensá-los com outros tipos de investimento se não estiverem seguros de que as soluções que achamos bastam. Não tenho nenhum interesse em fazer este investimento se não quiserem que ele venha”, apresenta Adam.

A garantia da reserva mineral é aguardada para outubro. Ainda nesta semana já será realizada também conversas com possíveis compradores da ureia pelos próximos 20 anos. Por último restará a definição da construtora. Serão R$ 6 bilhões de investimento na estrutura. “Não queremos uma divisão na cidade. Vamos construir um consenso”, garante o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. "Todos tem muito interesse em conhecer o empreendimento. Fizemos este requerimento para sabermos o que esta empresa representará para Içara", coloca o líder do Governo Municipal na Câmara, Márcio Realdo Toretti (PMDB).

“Que a empresa seja bem-vinda e que seja parceira do hospital de Içara”, indica o diretor-administrativo da entidade, Júlio César De Luca. “Conversamos e interagimos com respeito. É assim que conseguiremos evoluir”, fecha Adam. “Com certeza a TransGas estará em Içara”, pontua o presidente do Legislativo, Laudelino Calegari (PMDB). Fizeram parte da apresentação também integrantes da Associação Empresarial de Içara, Sindicato dos Servidores Públicos de Içara, Cooperaliança, Jovens Empreendedores, Conselho Comunitário de Segurança e Sindicato dos Comerciários. Os investidores pediram ainda para ouvir alguém contrário. Contudo, o Movimento Içarense pela Vida foi barrado.