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Criciúma mostra força caseira ao Vasco

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O Criciúma realizou sua última partida caseira na Série B do Campeonato Brasileiro de 2016. Jogou e deixou boa impressão para os torcedores que assistiram a vitória do Tricolor Sul-catarinense por 1x0 sobre o Vasco. O Criciúma, que repetidas vezes decepcionou no Estádio Heriberto Hülse, mostra que a força de jogar em casa mantém-se, independente do adversário.

Somando os torcedores do Tigre e do Vasco, o público total foi de 5,3 mil. A torcida visitante compareceu em peso, preparava-se para fazer a festa no caldeirão tricolor e, de brinde, comemorar o acesso à Série A antecipadamente. Mas os planos da torcida e do time carioca não foram concretizados.

Divisor de águas
É importante que o Tigre retome essa confiança que antes era tão visível. É saudável que a torcida do Criciúma vá a campo com convicção de vitória em todos os jogos. Esta convicção estava se apagando aos poucos nas arquibancadas.

Por isso é importante frisar que o jogo serve como um divisor de águas. Representa a força de um clube tradicionalmente forte em seus domínios. A vitória sobre um grande clube do cenário nacional indica que o Tigre tem sempre compromisso com os três pontos jogando em casa. Isso motiva, cria uma atmosfera positiva que conspira a favor do clube.

Consistência defensiva
A disposição tática da partida deste sábado, dia 19, foi com a estruturação de três zagueiros: Ianson, Nathan e Raphael Silva. O técnico Roberto Cavalo utilizou a formação contra o Paraná e repetiu diante da equipe carioca. Deu certo nas duas oportunidades.

Há quem diga que jogar assim é uma maneira ultrapassada de pensar futebol; Que é coisa de técnico retranqueiro; Que o futebol evoluiu e não há mais espaço para esse tipo de formação; Que a melhor defesa é o ataque, etc.

O fato é que os objetivos iniciais foram conquistados: seis pontos em dois jogos. Está comprovado por A mais B que é sim possível vencer uma partida com três zagueiros, ou melhor, duas partidas consecutivas, ainda mais, contra um grande clube da Série B.

Mas e a atuação?
A atuação foi digna de vitória e a formação com três zagueiros pode sim ser desenvolvida em uma equipe de futebol profissional de alto rendimento do Brasil. Não há motivos para tanto espanto. Quando o elenco trabalha determinada tática e segue as principais orientações de jogo, ela tende a ter sucesso.

O desempenho do Criciúma foi acima da média, bem organizado e estruturado, sem medo de executar as jogadas. O início da partida foi um pouco assustador. Andrezinho mandou a bola na trave logo nos minutos iniciais em cobrança de falta, os zagueiros do Criciúma bateram cabeça no começo, ou seja, parecia que o jogo tomaria outros rumos.

Mas a equipe conseguiu manter a calma e encontrar os melhores caminhos para chegar ao ataque. Abusou dos cruzamentos longos, mas ofereceu perigo em boa parte das investidas ofensivas aéreas. A velocidade na movimentação também serviu como diferencial.

Até o goleiro Luiz (que vem de sequência abaixo da média) fez belíssima atuação. Foi firme, responsável, seguro, concentrado e competente: um líder de verdade.

O zagueiro mais raçudo do time
Vale lembrar do zagueiro Nathan, que protagoniza cenas que dão orgulho. Ele vibra com a roubada de bola, dá o máximo de si, demonstra empenho e motivação acima da média, mas muito acima da média. Um jogador que não se encontra com tanta facilidade no mercado de transferências.

Ele merece fazer história no Criciúma, merece fazer história na carreira, merece reconhecimendo de quem cobra amor à camisa. Porque ele joga para se destacar dos demais, sonha em crescer profissionalmente, sonha em escrever uma linda trajetória no Tigre e futuramente sair do Criciúma de cabeça erguida, ter orgulho de dizer: eu dei o meu melhor e hoje sou reconhecido por isso.

O Nathan é um profissional estraordinário. Apresenta limitações como qualquer outro atleta, mas tem força de vontade suficiente para honrar o manto tricolor. Isso é fundamental, é meio caminho andado para entender a grandeza do Criciúma Esporte Clube na região Sul, no Estado de Santa Catarina e também no Brasil.