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Elvis, de atleta a formador de novos talentos

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Elvis Ricardo da Silveira ganhou o apelido de Pita por ser magro, canhoto e meia-esquerda igual ao jogador que em sua juventude atuava no São Paulo. Natural de Içara, ele alimentou o sonho de ser esportista desde a infância. E começou cedo na busca por espaço profissional. O início dessa trajetória ocorreu pelo Sub-13 do Criciúma em 1982. No mesmo ano passou para o elenco juvenil e em 1983 entrou então para o plantel júnior. “Fiz o teste por minha conta”.

“Em 1984 fomos campeões no estado contra o Inter de Lages e na Larm. Tinha Paulo Serrano e um dos ídolos do Tigre, o Edmilson. Era um ótimo time. Começamos jogando de azul e branco, mas trocamos o uniforme no meio do Catarinense. Foi o primeiro título do clube com as novas cores. Na época o time profissional fez a nossa preliminar”, sublinha. “Desde pequeno dizia que seria jogador ou policial. O futebol foi mais forte”, sentencia.

Devido a dispensa de outros jogadores no Tigre, Elvis decidiu não esperar. “Pedi a liberação para entrar na base do Coritiba. Já no final do Paranaense aderi ao Pinheiros. Lutei por seis meses para obter a minha vaga. Em 1986 mudei então para o Colorado. No final do ano fiz teste também no Vasco (RJ). Antes de ser contratado, treinei no Criciúma para manter a forma. E assim surgiu o convite no Laguna em 1987. Na época, por cinco salários”, relembra.

No currículo, o Pita içarense acumula ainda a passagem pelo Santa Cruz (RS), Iguaçu (PR), Imbituba (SC), Hercílio Luz (SC), Próspera (SC), Campinense (SC) e Canoinhas (SC). “No meio disso parei um pouco para ficar mais tempo com minha filha. Em 1993 fiquei então no amador”, explica. O retorno ocorreu no Imbituba em 1995, quando foi vice-artilheiro catarinense. “Acho que fiz uns 15 gols e o Paulo Rink fez 18 pela Chapecoense”.

“A minha primeira escolinha montei em Imbituba. Parei por ter o sonho de ir para os Estados Unidos. Ganhei dinheiro com o futebol amador em Washington (DC). Então não me arrependo. O Marcílio Dias até sondou a minha contratação antes de ir para o exterior. Mas já estava cansado. Queria conhecer novos lugares. O período nos Estados Unidos foi muito bom”, ressalta. O retorno ocorreu em 2010 e a nova escolinha no Caiçara iniciou já em 2011.

“Na minha época muito jogador bom não conseguiu focar na carreira. Para ser um atleta é preciso disciplina. Tem garotos que jogam bem, mas não têm estrutura para viverem longe da família. Por isso a profissão é difícil”, lamenta. “Na escolinha, o principal ponto é a formação tática. É preciso respeitar as posições. E para a criança tem que ensinar o passo-a-passo. Cobramos preparo físico e também preparamos para o que irão enfrentar”, coloca.

Aos 48 anos, experiência não falta para a formação dos garotos. Nem empenho. “Todos os anos procuramos levar jogadores para clubes profissionais. Temos um garoto de Vila São José no Sub-13 do Criciúma. Renan esteve conosco de 2011 a 2013. Era um destaque nos treinos e jogos. Por isso conversei com o diretor de base do Criciúma para observá-lo. Enfrentamos o Criciúma no Diomício Freitas e após a partida pediram a liberação. Ele tem muito potencial”, orgulha-se.