É inadmissível que uma equipe do tamanho que tem o Criciúma perca da forma que foi hoje. Uma derrota por 2x0 contra o modesto Internacional de Lages. Se compararmos a folha salarial e o investimento das duas equipes chega a dar vergonha. Fazem-se necessárias mudanças em caráter emergencial no atual plantel, comissão técnica e diretoria. Uma das justificativas dada pelo presidente Antenor Angeloni em relação à montagem do elenco para 2015 foi à falta de poder aquisitivo que o clube tem no momento para formar um elenco de jogadores renomados no país. E agora, como justificar uma derrota para um time que, financeiramente, está há anos luz do Criciúma Esporte Clube?
Há tempos não se via uma atuação tão abaixo do esperado. A apresentação da equipe criciumense foi de arder os olhos. O sistema defensivo conseguiu se superar na falta de qualidade. A dupla de zaga não pode ser escalada novamente em jogos oficiais do clube. Iago Maidana não tem capacidade técnica e psicológica para vestir a camisa do Criciúma. É um garoto que não aprendeu fundamentos básicos da posição. Seu companheiro de zaga, Rafael Pereira é, e sempre foi, todo atrapalhado. Comunicação entre os dois é algo que não existe. Os laterais não dão o suporte necessário para o sistema ofensivo, muito menos para o defensivo.
No setor ofensivo, outra vergonha. Em que momento a diretoria tricolor ira perceber que não contamos com atacantes de verdade? É nítido que em 12 jogos oficiais o ataque se mostra ineficiente. Culpa também do setor de meio campo que não sabe gerir o ritmo de jogo, controlar as investidas e dar passes de qualidade. Há falta movimentação em todo o time, tanto para atacar quanto para marcar.
O técnico Luizinho Vieira é extremamente incapaz de levar o Criciúma ao sucesso, seja qual competição for. Ele não tem experiência em partidas decisivas no time principal e falta pulso firme com os atletas durante as partidas. Óbvio que Vieira está longe de ter o plantel ideal para fazer um trabalho de qualidade. Culpa da atual diretoria que deixou o tempo passar e não contrataram jogadores de qualidade. É o caso de Luis Perea. Ele foi contratado no fim do ano passado e foi dispensado ontem, dia 13.
O investimento nos garotos da base não pode ser considerado um projeto de ousadia consciente. É preciso considerar que a intenção de economizar ao formar um elenco em que a maioria dos atletas oriunda da base foi irresponsável. As consequências são visualizadas agora. O Tigre se classificou na última rodada da primeira fase do Catarinense, e atualmente se encontra na última colocação do hexagonal, sem condições reais de brigar pelos dois primeiros lugares. Com a derrota para o Leão Baio, o Tigre precisa reagir imediatamente. Mas, para isso é preciso que haja mudanças enérgicas e uma postura de time grande. Caso contrário, o torcedor terá que se conformar apenas pelo fato de o Criciúma não cair para a segunda divisão do estadual.
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