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Política

Diego: novas idéias na Câmara

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O ano de 2008 é de realizações para Diego da Silva Vittorassi. Além de se formar em Engenharia Civil pela Unesc, o jovem de 24 anos também conquistou uma das dez vagas disponíveis no legislativo içarense. Ao todo, foram 1022 votos. Boa parte deles conquistados também por amigos, familiares, e pela militância do PDT.

Filho de José e Roselei, Diego trabalha com terraplanagem, em uma empresa da família. Por isso, já foi alvo de várias críticas de alguns dos atuais vereadores. Mas, isso não é motivo para preocupação. Conforme Diego, a resposta será dada com muito trabalho. Afinal, é por este motivo que foi eleito.

A idéia de se candidatar surgiu nas madrugadas. Com amigos, Diego revela que conversava sobre o crescimento da cidade, comparando a realidade de alguns locais no passado e no presente. A decisão foi tomada ainda em 2007, junto dos amigos e da família. “Não teve ninguém que dissesse para eu não me candidatar”, explica.

Em um encontro na segunda-feira, dia 27, ele falou sobre as perspectivas para os próximos quatro anos. Também revelou a preocupação com as declarações que tem feito na imprensa. O novo cargo será assumido com novas responsabilidades. “É preciso pensar duas vezes antes de falar”, comenta.

Na primeira entrevista que o Canal Içara realizado com o vereador eleito, Diego também explicou algumas metas e propostas que já estão definidas. Confira:


Para você, que nunca foi candidato, como foi encarar o período pré-eleitoral?
Diego: A única coisa que achei ruim foi o pedinche. Mas, isso a gente conseguiu contornar. Me considero um candidato muito fácil de levar porque não tenho vínculo político, não dependo de políticos para viver. Eu trabalho e sou novo. O pessoal quer coisa nova. E, claro, um pouco de conteúdo.

Você considera o estudo fundamental para o cargo de vereador?
Diego: É um acessório. Não vou dizer que se o cara não tem estudo, não sabe nada. Tem muita gente que não sabe escrever o nome e é dono de empresas. Assim como tem muita gente que é formada e não sabe trabalhar.

A empresa do seu pai realizou serviços para a mineradora Rio Deserto. Esse foi um dos motivos que levou você a ser alvo de críticas antes mesmo de ser eleito. Como você analisou esta situação?
Diego: Temos uma retroescavadeira que em Içara ninguém tinha. Eles vieram falar com a gente. Nós trabalhamos com isso, dependemos disso e temos funcionários para pagar. Assim, realizamos o serviço contratado. Nem por isso eu sou a favor da mina. Eu trabalho para a prefeitura de Içara. Nem por isso fui a favor do Heitor.

Qual o seu posicionamento sobre a mineração na comunidade de Santa Cruz?
Diego: Por causa do meio ambiente, sou contrário a instalação da mineradora em Içara. Eu penso em ter filhos. E, daqui a pouco, eles vão tomar o que?

É possível evitar que a mina seja aberta? Ou, você acha que este processo será somente retardado?
Diego: Não vou dizer que não vai abrir. Eu acho que ela será retardada mais um pouco. Todo esse assunto é complicado.

O Murialdo Gastaldon falou em uma sessão na Câmara que transferiu votos para a sua candidatura. Esta declaração pode fazer com que as críticas que eram feitas a ele também sejam transferidas para você?
Diego: Eu sou novo e eu aprendo. Fui eleito é para mostrar trabalho. E, não para ficar falando de um ou de outro.

Até que ponto tivesse autonomia na elaboração da campanha?
Diego: Éramos um grupo. Estou num partido, o PDT. Nessa campanha, a nossa ideologia democrática foi colocada em prática.

Você tem interesse em pegar alguma secretaria?
Diego: Não. Pretendo realizar um passo de cada vez.

Depois desse mandato, a tendência será a continuidade na política partidária?
Diego: Tenho que ver como vai ser. Não vou dizer que vou morrer de amores pela política. Até porque, as vezes, não é o que se pensa.

Já realizasse algum estudo e recolhimento de dados para chegar na Câmara com propostas que possam virar projetos?
Diego: Tenho um projeto para a terceira idade, que já foi implantado em Forquilhinha. É a academia ao ar livre. Já tem em Londrina e em Lages também. Se é bom lá, aqui também será. Essa idéia é interessante, pois trabalha os músculos e a interação dos idosos.

Para o comércio, você tem alguma proposta?
Diego: Minha idéia era fechar a Marcos Rovaris e criar um grande calçadão. Temos que saber é se os comerciantes vão aceitar. Sem a preocupação em atravessar as ruas, as pessoas podem prestar mais atenção nas vitrines. Isso foi realizado na Rua 15 de Novembro, em Blumenau. Lá, aumentou 30% as vendas no comércio. Essa é uma discussão que é ampla, porque afeta os estacionamentos.

Na questão econômica, qual a vocação que você acha que Içara tem?
Diego: Temos que desenvolver as indústrias e aproveitar a BR-101 que é o nosso cartão postal. Quem vem de Porto Alegre para Florianópolis, não sabe onde termina Araranguá e onde começa Içara. Se formos para Florianópolis, a passagem por São José é percebida por causa das empresas na margem da rodovia.

Atualmente, o Rincão não possui infra-estrutura para suportar um possível boom de desenvolvimento. Neste caso, a emancipação será benéfica sem as obras necessárias?
Diego: Eu ia fazer meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) sobre um sistema de esgotamento sanitário no Rincão. Mas, percebi o quanto é complicado.

Apesar de ser jovem, você não focou a sua atenção aos eleitores de mesma faixa etária. Porque este posicionamento?
Diego: Claro que a juventude tem um contato mais fácil comigo. Porém, eu não tive votos só dos jovens. Me dou muito bem com pessoas de idade. Alguns, considero como se fossem meus pais.

O que mudou em relação ao seu comportamento?
Diego: A minha visão é a mesma. Só que agora eu posso tentar mudar. Antes eu também poderia. Mas, eu estava focado na faculdade. Faço uma coisa de cada vez, pois não adianta querer fazer tudo ao mesmo tempo.