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Neuzi garante fortalecer Uaci

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Natural de São João do Sul, Neuzi Berto Silveira adotou Içara como município logo aos seis anos de idade. também morou em Forquilhinha e ficou um ano nos Estados Unidos. Atualmente, reside na comunidade de Rio dos Anjos, no interior de Içara. Lá, mora com a esposa, Isabel da Silva e três filhos: Gislaine de 29 anos, Júnior, 25, e Letícia, 8.

O futuro representante do Democratas na Câmara tem 51 anos e, desde 1986 é mineiro aposentado. Quando ainda trabalhava, estava na linha de frente na perfuração dos túneis. Por causa do pó, teve problemas respiratórios. Somente depois de muito tratamento, a saúde melhorou.

“Até seis anos atrás eu não tinha pretensão política. Votava em quem pedia o meu voto”, explicou ele. Mas, o interesse pela comunidade fez com que ele se tornasse uma liderança sem partido. Assim, foi presidente da Associação dos Moradores em 2003. Em seguida, foi convidado a integrar o PSDB. Na época, também foi indicado para ser vereador pelo partido. Nas urnas, conseguiu 153 votos. “Eu não tinha nem um coordenador trabalhando para mim”, lembra Neuzi.

“Eu perdi, mas gostei. Lembrei que se eu tivesse coordenadores e eu levasse isso a sério por quatro anos, com trabalhos para a comunidade, eu poderia chegar lá”, relata. E assim foi. Nas Eleições de 2008, ele conquistou 1001 votos. Mas, o partido já não é mais o PSDB. Junto com outros companheiros, ele trocou para o Democratas.

Confira a entrevista que Neuzi concedeu ao Canal Içara na tarde de quinta-feira, dia 13:


Qual a sua maior dificuldade quando presidente da Associação de Bairro do Rio dos Anjos?
Neuzi: O que eu não conseguia resolver em Içara, eu levava para Florianópolis. Então, ganhei 7,5km de água da Casan e a linha da Sanga Funda. Isso me custou umas quatro viagens com a comunidade para falarmos com o presidente da estatal, o Walmor De Luca. Foi muito difícil. Na época, a Casan estava saindo de Içara. Ele até me disse: “Neuzi, como que eu vou colocar água para deixar para o Samae?”. Então pedi para ele lembrar que era içarense. A dificuldade era grande e este povo não tinha água.

Entre os problemas no bairro, haviam constantes reclamações sobre o cheiro do lixão. Esta situação continua?
Neuzi: Quando eu perdi a eleição, eu percebi que o pessoal do Rio dos Anjos votava no Poço Oito e na Boa Vista. Por isso, os vereadores esqueciam a nossa comunidade. O que tinha no bairro era lixo. Então, a gente lutou para trazer a Santec Resíduos. Mas, tivemos dificuldades porque conseguimos somente o alvará de instalação, mas não o de funcionamento. Eu peguei dois caminhões de aterro e fechei a entrada do lixão. Nós tínhamos o apoio das autoridades. E, no mesmo dia, às 17h, o documento foi liberado na Fatma, em Florianópolis. Hoje, o material não estorva mais. Não tem mau cheiro nem aquelas brejeiras que tinham antes. Terminou tudo.

Existe algum projeto para a ocupação deste local?
Neuzi: Gostaria que fosse utilizado para a instalação de um parque industrial e uma escola técnica naquele local, em que sofremos por 40 anos. Assim, em vez de ir para a Satc aprender uma profissão, os moradores do nosso bairro poderão ficar na própria comunidade.

Em relação a política partidária, a ida de um grupo do PSDB para o Democratas colocou as siglas em igualdade?
Neuzi: Em minha opinião, ficamos mais fortes que o PSDB. Boa parte por causa da família Zanolli, que agora é toda Democratas.

Você, que já foi mineiro, tem posição sobre essa atividade econômica?
Neuzi: Só vou ter uma posição na hora que eu assumir o meu cargo. Por enquanto, eu não tenho uma opinião porque eu não conheço os projetos da mina. Vou manifestar a minha opinião a partir de janeiro.

Sobre o futuro mandato, como foram as reuniões realizadas até agora com o partido?
Neuzi: A gente fez uma reunião sobre o trabalho dos vereadores nos próximos quatro anos. E, eu já disse que vou ajudar o Gentil e o Zé Zanolli na administração deles. Eu sou povão. Se eu ver o povo de Içara feliz, eu também estarei feliz.

Nessas reuniões, entrou na pauta a discussão sobre a presidência da Câmara?
Neuzi: A pessoa que está lutando para ser presidente da Câmara sou eu. Se elegeram cinco vereadores de cada coligação. Neste caso, se elege o mais antigo. E, eu sou cinco dias mais velho que o Boca. Se não tiver acordo, eu tenho pretensão de ser o presidente.

Conforme dados levantados por economistas de Içara, a arrecadação do Balneário Rincão não supre as necessidades que um município tem. Nestas condições, você acha benéfico a emancipação? Trata-se de uma jogada política?
Neuzi: O povo do Rincão quer que o distrito seja município. Mas, eu concordo que deve ser criada a cidade a partir do momento em que o Rincão possa viver de si. Basta analisar o Balneário Gaivota, que depende de Sombrio. Na hora da necessidade é o município vizinho que socorre. É preciso trazer mais indústria para o Rincão. Afinal, no Verão vai ter dinheiro. Mas, e o resto do ano? Que o pessoal do Rincão pense bem no que está fazendo para depois não vir pedir socorro.

E como ficará Içara com a criação deste novo município?
Neuzi: Vamos ter que buscar mais indústria. Pois Içara ficará sem nada de lagoa e praia.

Falta atenção política para o Balneário Rincão?
Neuzi: Temos que nos voltar para o distrito. Eu particularmente considero o Rincão um dormitório de Criciúma. O pessoal vai para Criciúma, fazem as compras e retornam para o balneário para dormir. No meio disso, as nossas estradas se estragam e nos falta infra-estrutura. Eu passei essa semana lá e a água chegava até a porta. Espero que o Gentil faça uma boa administração. Se o balneário for caprichado, teremos prazer em fazer turismo.

Você foi eleito presidente da União das Associações Comunitárias de Içara (Uaci). Com o cargo de vereador, a entidade sairá fortalecida?
Neuzi: Vai sim. Eu tenho a palavra do Gentil que a nossa sede será no Centro de Içara. Eu também tenho um projeto para fortalecer as associações. Atualmente, faltam recursos e apoio da prefeitura.

Você não tem medo de, como o Pastor Caetano, não conseguir se reeleger nas próximas eleições?
Neuzi: Cada pessoa tem uma forma de trabalhar. Talvez a forma dele trabalhar não tenha agradado o povo. E, o meu estilo de trabalho vai agradar a população.