Às 4h40 de quarta-feira, dia 12, o primeiro chamado foi aberto. Era apenas uma dentre as várias reclamações que ainda chegariam aos bombeiros por causa das enchentes em toda a região. O atendimento inicial tratava da reclamação de moradores da Rua Luiz Colle, no Centro da cidade. Eles pediam ajuda para sair de casa e também salvar móveis. O nível do Rio Içara já havia subido mais de um metro. Era o sinal de que muito trabalho estaria pela frente. Foram quase 24h de trabalhos constantes das guarnições da cidade.
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Para socorrer outras vidas, os soldados entraram na água fria e poluída. De início, não havia equipamentos, nem roupas adequadas. E, alguns até tiveram febre e dores no corpo por causa disso. Mas, as dificuldades não deixou o efetivo fora de atuação. “Todos se dedicaram bastante. Teve soldado que veio de casa para ajudar”, conta o sargento Cleiton de Bem Albino.
Às 6h50, foi a vez da comunidade de Barracão anunciar o alerta. Em seguida, os problemas atingiram também os bairros Vila Nova, Rincão e Nossa Senhora de Fátima. De plantão, Cleiton revela que ainda não havia presenciado alagamentos na cidade com as proporções registradas nesta semana. Tanto é que pela primeira vez foi tomado um barco emprestado da Companhia de Criciúma. Sob emergência, roupas de borracha também foram compradas para amenizar o contato dos bombeiros com a água.
Enquanto nas regiões centrais de Içara o nível da água baixava, outros alagamentos surgiam. Em Esplanada e Morro da Fumaça, famílias e trabalhadores ficaram isolados em meio da enchente. “Tiramos 18 pessoas de uma única olaria”, explica Cleiton. Somente na madrugada de quinta-feira, sete empresas foram visitadas para o socorro dos funcionários. Foi numa dessas emergências que o Corpo de Bombeiros registrou prejuízos. O caminhão usado para o deslocamento tombou próximo de um rio.
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