Carros e veículos pesados na contra-mão. Pedestres são obrigados a arriscar a vida atravessando às pressas as pistas da Rodovia. No local, nenhum policiamento é feito. O dia-a-dia de quem mora às margens da BR-101, no trecho de Esplanada está se tornando um tanto perigoso quando o assunto é segurança no trânsito.
O maior problema enfrentado pela comunidade é a falta de acessibilidade entre as duas extremidades da BR, no viaduto próximo ao trevo de Esplanada. Nos últimos dez dias, duas pessoas morreram no local. A grande revolta dos moradores é contra a empreiteira responsável pela obra, a Queiroz Galvão, por ter liberado o trânsito pelo viaduto sem a construção das passarelas de acesso e sem as marginais.
Em forma de protesto, a comunidade se reuniu no final da manhã de ontem (4) e com o auxílio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fechou o trânsito próximo ao trevo. Cerca de 350 pessoas fizeram parte da manifestação que durou 20 minutos. O ato ganhou força maior por conta da morte de Danilo de Souza Cardoso, 24 anos, atropelado por uma carreta, na tarde de ontem enquanto atravessava a Rodovia. Segundo informações de populares, Cardoso havia saído de casa, em Morro da Fumaça, para visitar os pais, Valmor Cardoso e Alvina de Souza Cardoso em Esplanada. Ao atravessar a BR, de bicicleta foi surpreendido pela carreta.
“Há um mês eles liberaram o trânsito por cima do viaduto. Desde então estamos esperando as obras da passarela, mas parece que eles esqueceram da gente. É tudo um grande descaso”, lamenta o morador Jorge Ronsoni. Durante a manifestação, encabeçada pelas lideranças do bairro, foi marcada um reunião, para o dia 20 de outubro, entre representantes da comunidade, da empreiteira responsável e da PRF. A reportagem tentou entrar em contato com os responsáveis pelas obras em Esplanada, mas não obteve sucesso.
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