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Pai de Carolini denuncia perseguição

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Sete meses se passaram e o coração de pai ainda sangra pela perda brutal da filha de apenas quatro anos. Jackson Rinaldi não consegue esquecer o dia fatídico em que uma briga de família resultou na morte da primogênita Carolini Dias Rinaldi. O crime foi registrado no dia 5 de fevereiro na Zona Sul do Balneário Rincão. Além de ter que enfrentar a ausência da filha, esta semana foi seguido por um Siena branco. “Consegui despistar. Eu sei que isso não vai parar, mas infelizmente não temos o que fazer”, completa. Segundo ele, parentes do acusado não ficaram felizes com a notícia de júri popular.

RAR, de 41 anos, em posse de uma espingarda calibre 28, realizou um disparo contra o irmão pelas costas. A menina, que estava ao lado, também acabou sendo vítima do crime tendo nove fragmentos alojados na cabeça. O avô foi liberado, mas Carolini faleceu cinco dias depois. “Não tem o que dizer, não tem como explicar. É uma dor que sempre vai nos acompanhar. Eu jamais vou esquecer o que ele foi capaz de fazer com um anjo, com uma criança. Ela abriu o portão para ele, estava ao lado do meu pai quando foi atingida. Foi eu quem a pegou nos braços e colocou no carro em busca por socorro. Não sei de onde tirei tanta força, foi o amor de pai”, relata.

O tio-avô de Carolini foi preso na mesma noite do crime. Ele agora será julgado pelo Tribunal do Júri no dia 29 de outubro. A sessão está marcada para as 8h30, no Fórum de Içara. “Nós esperamos por justiça. É isso o que queremos. E vamos estar lá no dia para escutar a sentença. Faremos camisetas com a foto de Carolini, para que esse caso não seja esquecido. Uma menina de apenas quatro anos que foi vítima de um crime absurdo. Dói muito”, coloca Jackson. O réu está em prisão preventiva sob acusação de homicídio culposo e tentativa de homicídio. “Cheguei a ficar cara a cara com ele na reconstituição do crime e foi horrível”, declara.