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Via rápida deve demorar

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No que depender dos moradores de Içara, a SC Parcerias terá dificuldades para desapropriar os terrenos por onde a Via Rápida será construída. Ontem, em audiência pública no salão paroquial do bairro Terceira Linha, as comunidades dos bairros Primeira Linha, Segunda Linha, Terceira Linha e Poço Oito mostraram descontentamento com a maneira como o projeto foi encami- nhado pelo Governo do Estado. Eles não concordam com o atual traçado e com as áreas que terão de ser desapropriadas para a construção da rodovia.

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Antônio De Bona, representante da comunidade de Terceira Linha, em Içara, diz que os moradores estão assustados com o projeto técnico. "Tem gente até com problemas de saúde e sem dormir à noite preocupado com o assunto", diz. Segundo De Bona, em muitas propriedades agrícolas os moradores terão que sair para dar espaço a rodovia. O mineiro aposentado Edemar Topanotti, de 48 anos, do bairro Segunda Linha, não está de acordo com a área a ser desapropriada. O projeto prevê 60 metros para as faixas e outros 200 metros para cada lado da rodovia para que seja montado um plano de exploração do terreno de acordo com a característica do local. "Para que reservar tudo isso? Se for desse jeito, vou perder o que levei anos para construir", afirma. Topanotti diz que adquiriu o terreno de sete hectares há sete anos para descansar. "Já me ofereceram R$ 300 mil pelas minhas terras, mas eu não vendo", diz.

Técnicos vão procurar moradores para discutir lotes

O engenheiro civil da Prosul, empresa contratada para elaborar o projeto técnico, Ednei Farias, garante que os proprietários não serão prejudicados com o pagamento das indenizações. Cada morador será procurado por um técnico da empresa, que fará um cadastramento, descrevendo cada uma das propriedades que está no traçado onde a rodovia vai passar. "Os terrenos serão pagos conforme o valor de mercado e cada proprietário vai discutir individualmente sua situação." Quanto às laterais da pista, caberá a cada Câmara de Vereadores - Criciúma e Içara - aprovar o plano diretor para as áreas.

O início das obras da Via Rápida depende da Licença Ambiental de Implantação (LAI) a ser emitida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), das desapropriações dos terrenos e da conclusão da licitação (que está em andamento). A empresa vencedora e o preço oferecido para execução do projeto devem ser divulgados ainda esta semana.