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Vitória recebia 20% nas subcontratações

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Do valor contratado para obras da Construtora Vitória, 20% ficava para a empresa e o restante era repassado para as subcontratações. Esta é a divisão relatada pelo sócio da empreiteira vencedora das licitações, Luciano Medeiros. O engenheiro responsável-técnico abriu o quinto dia de oitivas no processo criminal da Operação Moralidade nesta terça-feira, dia 2. O depoimento dele era o único pendente pelo não comparecimento na data em que havia sido convocado.

“Eu não tinha interesse em tocar os serviços de Içara. A fama da cidade entre os empreiteiros era de má pagadora”, aponta. Segundo ele, a parceria foi proposta por Fernando da Rosa. “O acordo era 20%. Ele executava o serviço, o engenheiro da Prefeitura fazia a medição, nos encaminhava e nós faturávamos”, aponta. “É uma prática comum entre as empresas”, garante. O mesmo sistema foi feito no Rincão com o Charles Oscar da Rosa.

“Fui contratado pelo Charles Oscar da Rosa. Ele é proprietário da Rincol”, indica o construtor Rosinei da Costa Rocha sobre a execução da unidade de saúde no centro do então distrito. Conforme Charles, a obra acabou parada por falta de pagamento e foi retomada ainda sobre a responsabilidade da Construtora Vitória, mas igualmente realizada pela Rincol. O pedreiro Lourival Antônio Inácio também foi chamado para a audiência, mas não compareceu.

Já nas escolas municipais e centros infantis, o trabalho de pequenos reparos cabia a Empreiteira Fort. “Os serviços eram realizados conforme a demanda. A solicitação era repassada então pra Ronicaster Fernandes Paes. O pagamento era feito por tipo de serviço e por hora”, explica a servidora da Secretaria de Educação de Içara, Idenair Vieira Rocha. O gerenciamento feito por Roni foi em paralelo ao período em que atuava como servidor público, na época, no Samae.

Até agora, apenas Adelir Fereira Bitencourt foi dispensada. A instrução processual teve continuidade ainda com questionamentos sobre a prestação dos serviços realizados pela Associação de Produtores de Milho e Feijão em Içara para a manutenção do acesso a propriedades rurais. A prestação de contas coube ao presidente Renato Antônio Réus. “Hoje atendemos mais de 600 famílias”, coloca. O trabalho atualmente ocorre através de convênio com o Município.

Autor de denúncias contra o Samae, José Fernandes Silveira também foi chamado ao Fórum como testemunha. Ele chegou a convocar a imprensa em casa para anunciar que era utilizado como laranja pelo então presidente da autarquia José Zanolli em 2013. No depoimento em juízo, contudo, não deu detalhes. Afirmou apenas que fazia a colocação de lajotas e a limpeza. A participação do empresário foi contestada pela defesa devido ao caso não constar nos autos.