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Campanha incentiva doação de perucas

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Criar um banco com chapéus, cachecóis, lenços, tocas e perucas para atender mulheres que sofrem com algum tipo de câncer e que, por causa do tratamento, acabaram perdendo os cabelos. Este é o objetivo da Associação Amor a Vida (Amovi). A entidade sem fins lucrativos apoia, orienta e assiste todos os portadores de câncer da Associação da Região Carbonífera (Amrec).

A ideia surgiu com a presidente da associação, Vera Lúcia Duarte, de 55 anos. Ela descobriu que tinha câncer em 2003. Desde então luta contra a doença. “Já passei por mais seis tipos de câncer. Tive no fêmur, pulmão, tireoide, útero e no ano passado nas amigdalas que foram retiradas”, comenta. Diante de tantos tratamentos, a perda do cabelo foi inevitável. “Principalmente no inverno. Por isso estamos adiantando a campanha, para que no período de frio já estarmos com todo o material”, destaca.

A entidade foi criada então para que os pacientes sem condições de comprar estes acessórios, também possam utilizá-los. A arrecadação é por meio de doações. “Quem tiver em casa para nos ceder será bem vindo”, solicita Vera. Tudo o que for arrecadado será destinado ao setor de assistência social do Hospital São José de Criciúma. “Lá é que as assistentes sociais irão distribuir para quem realmente precisa”, informa.

“Eu sempre pensei que o frio vinha pelos pés, mas quando fiquei careca descobri que era pela cabeça. Senti na pele a situação”, recorda a tesoureira da Amovi, Giovana Brígido, de 44 anos. Com diagnóstico de câncer de mama em dezembro de 2011, em janeiro do ano seguinte iniciou as sessões de quimioterapia. Bastou 14 dias para ter a queda de cabelo. “Isto fez parte do processo de tratamento e de aceitação. Sem meus cabelos aderi às toucas de bonés, que ganhei de amigos, familiares e de pessoas que fazem parte da associação. Eu tenho uma touca de linho que sempre usava para sair”, conta. “Muita gente não sabe a diferença que um lenço, peruca, toca e até um boné fazem para um paciente de câncer. Por isso, lançamos esta campanha e gostaríamos que todos colaborassem”, pede.

A Amovi foi fundada em 6 de outubro de 2006 por Lúcia Tramontim Pavei (in memoriam) e pela médica oncologista Yeni Verônica Neron do Nascimento para atender todas as pessoas que estiveram em tratamento oncológico por meio de um trabalho multidisciplinar de profissionais da área da saúde com fisioterapia solo, aquática e pilates, além de aula de artesanato, atendimento com psicóloga e advogado. Hoje participam 120 associados. “Vamos testar como está a solidariedade das pessoas”, diz Vera. Para fazer doações em Içara, basta comparecer a sede do Jornal Gazeta, na Rua Olívio Pavei,191, no centro da cidade.