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Cotidiano

Fotografia, uma paixão para Neka Dal Pont

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O apelido de Neka surgiu para Bruno Dal Pont aos 18 anos devido a semelhança do cabelo com o meia-campista Antônio Rodrigues Filho, do Grêmio. Na época o içarense defendia o São Donato nas competições amadoras. Chegou a ser campeão com o elenco aspirante. Jogou também no Ipiranga, Jaqueline, Caiçara e mais recentemente no veterano no Rolha de Poço. Foram 21 anos como esportista. Os principais títulos, contudo, ocorreram na função de preparador físico no estadual amador de 1987 e o vice-campeonato em 1988 pelo União, além da taça do Regional da Larm com o Caiçara.

"A nossa principal diversão era jogar futebol”, afirma. “Quando eu era criança, torcia para o Flamengo. Mas devido ao sucesso do Zico, todo mundo passou a vibrar pelo mesmo time. Acho realmente que foi o melhor jogador. Mesmo assim, preferi trocar de clube. Escolhi o Grêmio por me identificar com as cores. Em 1995 assisti todas as partidas da Libertadores, vários jogos do Gauchão, Brasileiro e viajei com a delegação para a final do Mundial em Tóquio, no Japão", detalha.

"O melhor confronto foi a batalha dos aflitos contra o Náutico em novembro de 2005 na final da Série B do Brasileirão", acrescenta. Toda a paixão pelo clube gaúcho é perceptível para quem entra no quarto. Na cabeceira da cama há o escudo gremista. Na lateral foi pendurado um quadro com o nome do clube no céu de Içara. Logo abaixo do televisor estão diferentes artigos que levam a marca do time. Além disso, imagens como expectador do seu time do coração estampam as portas do guarda-roupas.

"Comecei a trabalhar como ajudante de comércio em 1977 no J. De Luca & Cia. Eu tinha 19 anos. Fui ainda servente de pedreiro na construção da igreja matriz. Em 1981 entrei no Criciúma como preparador da categoria de base e auxiliar no profissional. Fiquei até agosto de 1983. Na mesma época cursava Educação Física na antiga Esed. Fui indicado pela direção da faculdade. Foi o melhor tempo de minha vida. Eu também era árbitro. Então viajava muito pelo estado", coloca.

Em 1984 e 1985 Neka esteve ainda no Próspera. "No último ano ficamos entre os seis melhores de Santa Catarina", relembra. "Dei aula de Educação Física no Colégio Cristo Rei, Quintino Rizzieri, Antônio Colonetti e fiz parte da Comissão Municipal de Esportes. Além disso, passei em quinto lugar no concurso na Prefeitura Municipal de Içara num total de 20 vagas. Mas não assumi, pois minha portaria não foi publicada. Fiquei num cargo de confiança", acrescenta. Foram ao todo 19 anos como servidor do Município.

"Na época ninguém registrava as obras e ações. O Arthur Zanolli comprou uma máquina e eu passei a fazer isso. Foi assim meu primeiro contato com a fotografia. A prefeitura comprou ainda uma filmadora. Fiz disso um hobby", ressalta. Em quase 30 anos de registros a estimava é que o acervo tenha ultrapassado 80 mil fotos. "Não tenho preferência por uma delas. Gosto de acompanhar o crescimento da cidade. E Içara mudou muito em todo este tempo. As casas, por exemplo, eram distantes uma das outras. Mas todos se conheciam", pontua.

No mesmo quarto repleto de artigos gremistas uma parte do passado de Içara é preservada com muito carinho. Junto com as câmeras antigas estão álbuns fotográficos, gravações em áudio e vídeo. A ideia é que tudo seja digitalizado para não se perder com o tempo. O acervo já fez parte de capas de jornais e ilustrou livros como a iconografia Içara 50 dezembros feita pelo jornalista Archimedes Naspolini Filho e a obra Além dos trilhos do trem de Maria de Fátima Silveira Pavei. Aos 58 anos, Neka continua a fotografar a cidade, impulsionado, agora, pela visibilidade das redes sociais. “E quero continuar enquanto puder”, pontua.