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Memórias sobre a Maria Fumaça
18/09/2012 às 17:41 | Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
18/09/2012 às 17:41 | Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

Jorge Fernandes começou a trabalhar em 5 de maio de 1942. Na época tinha 10 anos e a função atribuída a ele era carregar água. Fazia isto para a ferrovia por 186 mil réis ao mês. Filho do feitor de linha José Fernandes Amândio, o garoto criciumense trilhou pela mesma companhia. Tornou-se telefonista de campanha na ampliação da estrada de ferro. Depois virou auxiliar na estação e, mais tarde, assumiu a função de agente.
Em Içara, Sadi fixou residência junto com a esposa Adail Castro e teve sete filhos. Até 1964 estava na estação de Esperança. Mas com o golpe militar o posto acabou fechado. Continuou em atividade na cidade até 1978. Foi quando acabou transferido da estação do centro do município para Urussanga até o aposento em maio de 1982. Aos 80 anos, é um dos quatro ferroviários que ainda podem contar parte da história da ferrovia em Içara.
Ao lembrar o passado, a nostalgia parece distante. Afinal, o trabalho era árduo. Sadi explica que precisava ficar à disposição sem direito a folgas ou hora-extra. Não havia o Código de Leis Trabalhistas. Em algumas noites o banco em frente da estação servia para dormir. No entanto os cochilos logo eram despertados pelo som da Maria Fumaça. A proximidade da composição era o indicativo. Estava na hora de entrar em contato com a estação seguinte para saber o que aguardava no caminho.
"No início usávamos um telefone que discava com o código Morse. Depois passamos a utilizar um seletivo. Era um equipamento que conectava a estação com Tubarão. O despachador respondia então se podia seguir a viagem", relembra. O sinal de passagem aos maquinistas era dado com uma lanterna. Acesa com querosene, ela tinha nas laterais vidros verde, amarelo e vermelho. A cor escolhida indicava a condição de livre, alerta ou a necessidade de parada.
A chegada da energia elétrica substituiu os sinalizadores dos agentes por semáforos. A lanterna de Sadi ficou guardada em casa, na Rua Vitória, no Centro de Içara. E de da residência saiu para fazer parte do Museu do Ferroviário Anselmo Cargnin. O espaço na Praça do Imigrante abriga outros objetos dos trabalhadores, entre eles, um banco semelhante ao que havia na estação. Há também marretas de Valvito Fermínio Duarte e até as formas utilizadas para a confecção dos pirulitos de Santina Pissoli Lodetti. A guloseima transitava pelos vagões de passageiros nos tempos que os trilhos simbolizavam a chegada do desenvolvimento.
Em Içara, Sadi fixou residência junto com a esposa Adail Castro e teve sete filhos. Até 1964 estava na estação de Esperança. Mas com o golpe militar o posto acabou fechado. Continuou em atividade na cidade até 1978. Foi quando acabou transferido da estação do centro do município para Urussanga até o aposento em maio de 1982. Aos 80 anos, é um dos quatro ferroviários que ainda podem contar parte da história da ferrovia em Içara.
Ao lembrar o passado, a nostalgia parece distante. Afinal, o trabalho era árduo. Sadi explica que precisava ficar à disposição sem direito a folgas ou hora-extra. Não havia o Código de Leis Trabalhistas. Em algumas noites o banco em frente da estação servia para dormir. No entanto os cochilos logo eram despertados pelo som da Maria Fumaça. A proximidade da composição era o indicativo. Estava na hora de entrar em contato com a estação seguinte para saber o que aguardava no caminho.
"No início usávamos um telefone que discava com o código Morse. Depois passamos a utilizar um seletivo. Era um equipamento que conectava a estação com Tubarão. O despachador respondia então se podia seguir a viagem", relembra. O sinal de passagem aos maquinistas era dado com uma lanterna. Acesa com querosene, ela tinha nas laterais vidros verde, amarelo e vermelho. A cor escolhida indicava a condição de livre, alerta ou a necessidade de parada.
A chegada da energia elétrica substituiu os sinalizadores dos agentes por semáforos. A lanterna de Sadi ficou guardada em casa, na Rua Vitória, no Centro de Içara. E de da residência saiu para fazer parte do Museu do Ferroviário Anselmo Cargnin. O espaço na Praça do Imigrante abriga outros objetos dos trabalhadores, entre eles, um banco semelhante ao que havia na estação. Há também marretas de Valvito Fermínio Duarte e até as formas utilizadas para a confecção dos pirulitos de Santina Pissoli Lodetti. A guloseima transitava pelos vagões de passageiros nos tempos que os trilhos simbolizavam a chegada do desenvolvimento.
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